Eu costumava dizer :” Eu sou a personificação do paradoxo”. Sempre achei essa minha auto-definição o máximo, mas acho que nunca consegui organizar palavras para definí-la muito bem. Segundo o dicionário, paradoxo é uma contradição aparente. Olha só que coisa, aparente. Grande coisa, como se fosse uma criatura única, muito distinta de tantas outras mulheres mais complicadas. Mas enfim, curti a definição, fazer o que?? Além de tudo ainda tenho que ME entender?rsrs...
Engraçado que mulher detesta quando homem diz que somos complicadas, por que temos a plena convicção de que eles é que são seres bizarramente ininteligíveis. Ao mesmo tempo, mulher adora se auto-entitular como naturalmente complicada, e ai de quem discordar. Imagina ouvirmos que somos simples, e que qualquer um pode entender? Isso nos tornaria menos especiais. Agora, o que faz os homens nos acharem complicadas? Ah...pode ser por que mulher consegue ver as situações de uma forma assustadoramente peculiar: vê problema onde na grande maioria das vezes não existe, e não vê a solução onde ela está nítida, gritando por ser percebida!
Vamos ao exemplos “práticos”...Imagine as seguintes situações...(não necessariamente verídicas...mas ouve-se cada coisa....)
- Não sei porque ainda perder tempo com aquela divagação: “ ai, amiga..sei não...mas eu acho que ele só quer me comer!” . N-O-S-S-A. Eis a grande descoberta depois da penicilina! Minha cara, esse é o único ítem de série que acompanha os homens. Se você conseguir que ele queira algo além disso, pode se considerar com sorte. Lembre-se sempre, eles sempre querem sexo (não necessariamente só isso, mas...via de regra...), e o papel deles é tentar conseguir. O nosso é decidir se eles vão ter ou não.
- “ Ele vai me achar uma piranha se eu der no primeiro encontro”. Só se você cobrar por isso, filha. Isso é desculpa consensual entre homens pra cagar na sua cabeça depois de começar dando um valor extremo a uma simples ligação sua, fazer alarde quando te encontra, falar coisas bonitinhas, etc. Se ele sumir depois disso, é por que simplesmente desde o início eles não queriam nada sério com você, e se viram obrigados a perder tempo com toda quela historia de caras legais pra ver se você caía mais rápido. E pasme: a culpa é nossa. Se 90% das mulheres precisa ouvir essa história para fazer o que eles querem (e muuuitas das vezes, é o nós também queremos) logo no início do relacionamento (hã?relacionamento?uahauhuah), nós acabamos fazendo uma seleção natural de homens que já fazem isso pra não ter que criar uma estratégia p/cada tipo de mulher. Mas acredite: se ele gostar de você, ele liga no dia seguinte sim, e muitas outras vezes depois. Se ele gostar de você pode ser a situação mais bizarra do mundo que ele dá uma de otário e passa por cima disso. (ah, faz uma forcinha pra acreditar nisso...a teoria é tão bonita quando o mundo de Polyanna!uahuaauh)
- “Nossa, como ele pôde fazer isso comgo?”. Simples, por que você deixou. Já ouviu aquele ditado que as pessoas só fazem com a gente aquilo que a gente permite? Então, não é por que você é mulher que está isenta disso. Você não é uma criatura pobre e indefesa que se deixou seduzir pelo lobo mau. Se não tivesse insistido em tentar mudar a cabeça daquele cara que foi canalha em 30 relacionamentos de 15 que ele teve, não estaria aí agora com mais raiva de você do que dele. Se não tivesse sucumbido àquela vontade súbita de revolver a situação pra dar o último fora, o golpe de mestre, e sair por cima da situação, não teria sido ignorada e sua raiva não teria triplicado em 5 minutos. E também teria evitado de pensar por uma fração de segundos que seja, que o melhor é mudar de "time" ou virar celibatária. (Que fique muito claro que isso não demonstra uma vontade velada de seguir esse caminho. Ok?rsrs)
- “ Homem não presta mesmo!”. Opa, alto lá. Baseada em que? No fato de ele dizer que gosta de você e sair com aquela tribufa da academia que você abomina? No fato de ele sair com você e não ligar no dia seguinte? No fato de você ver muitos casos de traição masculina? Ou nas olhadas que você recebe na rua, e que te fazem sentir um objeto? Por partes:
Assuma, vai. A maioria curte muito a situação de manter uns 3 caras correndo atrás, e ainda se acha a esperta por ele achar que só ele investe em você, e que você só dá atenção a ele. Então não condene, ele só é menos capaz de esconder isso. Ou talvez tenha menos motivos, já que mulher que faz isso declaradamente “não é pra casar”, e eles são, no mínimo, garanhões phodas, com pê-a-gá!.
- Sair e não ligar no dia seguinte...isso significa que ele não lembrou de você? Que não teve consideração? E mais, se você pode receber essa lembrança, ele também pode. Às vezes surpreender, sem ser chata nem cobrar, é claro, vale mais a pena que deixar que ele decida quando vai ser o próximo contato.
- Casos de traição masculina...esse é o ponto mais delicado. A questão é que as traições masculinas são mais rastreadas. E mais descobertas! Se forem descobertos quanto cada um trai, na verdade, o resultado pode ser assustador...
- E os olhares da peãozada na obra...ah, decida-se! se ninguém te olha você logo começa uma dieta, dobra a jornada na academia e se dá um banho de loja, porque está pouco atraente. Se olham muito acha que te vêem como objeto. Tudo é questão de distinguir o cara que só vê o que pode possuir e o cara que te quer como mãe dos filhos dele. E cá pra nós... você nunca olhou um cara como se ele fosse aquele pernil dos desenhos animados???
Agora...é fato que homem quando quer ser cruel...é! É uma mistura de imaturidade, com burrice, com egoismo, com sei lá o que, mas é. Mesmo quando somos mulheres muto bem resolvidas e deixamos claro que não vamos pedir em casamento em 3 dias, grudar, exigir,etc, e muitas que mostram que querem a mesma coisa, enfim, ainda assim eles tendem a ter o prazer de nos envolver. E aí você não se envolve, e só falta dar na cara dele falando, “ô, filho da puta...eu não quero que você se apaixone, só quero deixar rolar!pode cortar o papinho!” Mas não. Inaceitável pra eles isso de não sentir uma mulher vulnerável. Ok, instinto, defesa, sei lá mais o quê. É até compreensívell. Mas aí...às vezes acontece mesmo, não dá pra controlar, e o envolvimento acaba ocorrendo. Se você é muito bem resolvida, fala pra ele que quer interromper o caso de vocês por que não quer sofrer, e pede a ele pra se afastar, ou simplesmente some. Se você não está assim tão bem, sofre mesmo declarada e desmedidamente. E não é que de uma forma ou de outra o desgraçado continua insistindo, com o papo de que “ quer contiuar te vendo”(aquilo que você automaticamente, com sua poderosíssima tecla SAP traduz para “quero continuar te comendo”), e insiste em achar que você é uma idiota. Aí sim é inaceitável. Nunca devemos subestimar a ignorância humana, mas tampouco, a inteligência feminina...
p.s.1: Meninos...peço perdão se pareço estar generalizando a situação. E peço perdão também de por acaso pareço eu estar subestimando a inteligência masculina. Não é a intenção, o objetivo aqui é colocar a nossa visão sobre situações corriqueiras. Lamento não ter conhecimento de causa pra colocar aqui uma visão diferente sobre a opinião de vocês, pelo contrário...Escrevo isso depois de passar por alguns (“alguns”...da série “suavizando os problemas da vida parte IV) casos assim, de ouvir sobre muitos (da visão das amigas e dos amigos,diga-se de passagem) e depois de me pedirem conselhos sobre essas coisas (odeio pensar que posso estar me assumindo como uma PhD no quesito sacanagem de homem...mas ok...)...então entrego aqui de bandeja a quem interessasr possa, a visão feminina.
p.s.2: Amigas, eu não sou traíra! Não estou entregando o ouro aos bandidos! O cara que conseguir entender tudo isso deve ser considerado um outlier...o cara que discordar, disser (de verdade, claro...) e mostrar ao menos ele não pensa nem se comporta assim...deve ser considerado no mínimo o cara mais especial que vocês já conheceram. (Já aconteceu com você? Eu sei, nem comigo. rsrs...)
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Câncer do Colo do Útero: Previnam-se!
Pessoas queridas...sei que até hoje a maioria das coisas que eu postei falam sobre alguns dissabores da vida, especialmente para nós mulheres. Mas nenhum desses obstáculos é tão sério e impactante quanto um abalo na nossa saúde, e por isso decidi postar sobre um assunto sobre o qual todas as mulheres (e os homens que amam as mulheres das suas vidas!) devem ter conhecimento: o câncer do colo do útero. Vejam abaixo algumas informações úteis, fiquem por dentro e sigam a palavra de ordem: prevenção!
O que é HPV? É a sigla do Papilomavírus Humano. Há mais de 100 tipos diferentes, mas alguns são causadores do câncer do colo do útero: os principais são os HPVs 16, 18, 31 e 45 , que causam 80% dos casos de câncer e no Brasil são 19 mil casos por ano.
Câncer do Colo do Útero: afeta 500 mil mulheres/ano e mata 250 mil. É possível curar se detectado no início, mas grande parte das mulheres só descobre em estágio avançado, porque não faz exames regulares no ginecologista. Mulheres, previnam-se!
Transmissão: por contato direto pele a pele.
Prevenção:
1. Exame Papanicolaou (anual ou semestralmente). Em alguns casos o médico pode pedir uma colposcopia, exame que permite visualizar lesões mínimas que podem evoluir para tumor;
2. Contato Sexual é a forma de contágio. Usar preservativo ajuda muito, mas não garante 100% de proteção contra o HPV, pois mesmo sem penetração, pode haver contágio pelo contato com a pele. Camisinha: fundamental para proteção contra várias doenças sexualmente transmissíveis (DST) e contraceptivo eficaz.
3. Vacina. Já existe a vacina contra o HPV!
O que é HPV? É a sigla do Papilomavírus Humano. Há mais de 100 tipos diferentes, mas alguns são causadores do câncer do colo do útero: os principais são os HPVs 16, 18, 31 e 45 , que causam 80% dos casos de câncer e no Brasil são 19 mil casos por ano.
Câncer do Colo do Útero: afeta 500 mil mulheres/ano e mata 250 mil. É possível curar se detectado no início, mas grande parte das mulheres só descobre em estágio avançado, porque não faz exames regulares no ginecologista. Mulheres, previnam-se!
Transmissão: por contato direto pele a pele.
Prevenção:
1. Exame Papanicolaou (anual ou semestralmente). Em alguns casos o médico pode pedir uma colposcopia, exame que permite visualizar lesões mínimas que podem evoluir para tumor;
2. Contato Sexual é a forma de contágio. Usar preservativo ajuda muito, mas não garante 100% de proteção contra o HPV, pois mesmo sem penetração, pode haver contágio pelo contato com a pele. Camisinha: fundamental para proteção contra várias doenças sexualmente transmissíveis (DST) e contraceptivo eficaz.
3. Vacina. Já existe a vacina contra o HPV!
Atenção: a vacina não exclui a necessidade de exames ginecológicos periódicos, ao menos 1 vez ao ano.
Veja mais informações em Evite o Câncer.
Quer aderir à campanha? baixe aqui e-cards e walpapers!
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
O dia em que a Terra parou
Ando escrevendo muito. Descobri que ultimamente escrevo muito mais do que leio, e me pergunto....de onde vem tanta coisa pra escrever se eu não alimento meu cérebro com coisas novas? Até estou lendo um livro, super interessante por sinal, mas a cada capítulo eu ganho inspiração para escrever assuntos aleatórios...ok, falar de assuntos da minha vida, falar do meu coração, desabafar aquilo que ninguém vê quando me olha. Quero ver uns filmes, quero compor umas músicas. Meu violão, que atualmente é o cara que mais me entende, e está do meu lado sedento por ser tocado, parece que sabe que eu acabei de escrever alguns versos que merecem ganhar uma melodia. Meu celular está plagiando algum programa de humor e parece me olhar e dizer “me carrega??”, até que por fim eu me emputeço com os ruídos contínuos que ele faz quando está agonizando e faço o que ele quer. Coisa mais inútil...Tá um calor insuportável, eu tenho milhares de coisas pra fazer mas perco tempo me decidindo entre elas. Olho pro meu perfil do Orkut e tô afim de mudar (tipo, diariamente??), quero parar de usar músicas prontas, de outros autores e quero dizer eu mesma o “quem sou eu”, mas a tentativa é inútil, eu não consigo colocar em palavras aquilo que eu sou. Acho que a importância não está no Orkut (acho??rsrs). Não me importa tanto o que as pessoas vão ler, mas me incomoda não saber responder direito essa maldita pergunta que o criador dessa joça cismou em fazer (já reparou quantas desgraças o Orkut trouxe pras nossas vidas??hã?). Sei que nessa de escrever minhas coisas, e ler coisas que outras pessoas escreveram, pra mim, a Terra parou.
Nada tem a ver com o filme, até por que o Keanu Reeves não chega aos pés do que me inspira a escrever esse texto. Quando eu disse isso pra uma amiga ela respondeu: “Porra! Mó gato!” (achou que fosse se livrar dessa, né?hehe). Eu sei, concordo. Mas o Keanu não mostra sua verdade pra mim (ele, aliás, continua sendo uma incógnita. Será que é gay mesmo??), assim como tantos outros caras muito gatos que passaram na minha vida (calma, gente...eu não peguei o Keanu....rs). Talvez seja por que é o tipo da verdade que não me interessa, que não me atrai, uma verdade seca e vazia. Forçosamente composta pra tentar me encantar. E aí quando eu vejo uma verdade que vai muito além do que me é apresentado...a Terra pára. Mesmo.
Meu mundo gira em torno de coisas como a minha família, amigos, carreira, minha música, minhas dietas e outras banalidades, como relacionamentos. Não consigo parar de citar isso nos meus textos. Não que relacionamento seja banalidade, mas é que não encontrei um que tenha merecido uma classificação melhor que essa. Mas aconteceu um pequeno imprevisto nessa minha saga, onde eu busco sempre uma maneira criativa de falar da falta de sucesso com o sexo oposto, e é claro, culpá-los nas entrelinhas. Sei que não está certo. Mas é irresistível!rs...
Descobri uma pessoa diferente. (Nesse momento a reação feminina varia de “aaaah...que lindo!” a “aaah!que otária!” ). Não foi ele que me apresentou sua essência, mas eu a captei. Percebi seu conteúdo e não necessariamente me apaixonei por ele, mas algo mudou na minha concepção de perfil ideal (reforço: não tô apaixonada, só tô dizendo ainda não consegui ver nele a mesmice dos caras que eu conheci até hoje. E parem de rir dizendo “aaaah, caô!”rsrs...). O que mudou é que eu já não acho mais que seja algo inexistente. E neste dia a Terra parou. Eu não tinha mais argumentos pra dizer que são todos iguais. Agora meu mundo precisa girar em torno disso, da esperança cega de que um dia alguém assim faça parte dele...
(p.s.: espero nunca ter motivos pra escrever um post " Aaaah,mas hoje a Terra gira numa boa...de novo, quando eu redescobrir que são realmente todos iguais!rsrs...)
Nada tem a ver com o filme, até por que o Keanu Reeves não chega aos pés do que me inspira a escrever esse texto. Quando eu disse isso pra uma amiga ela respondeu: “Porra! Mó gato!” (achou que fosse se livrar dessa, né?hehe). Eu sei, concordo. Mas o Keanu não mostra sua verdade pra mim (ele, aliás, continua sendo uma incógnita. Será que é gay mesmo??), assim como tantos outros caras muito gatos que passaram na minha vida (calma, gente...eu não peguei o Keanu....rs). Talvez seja por que é o tipo da verdade que não me interessa, que não me atrai, uma verdade seca e vazia. Forçosamente composta pra tentar me encantar. E aí quando eu vejo uma verdade que vai muito além do que me é apresentado...a Terra pára. Mesmo.
Meu mundo gira em torno de coisas como a minha família, amigos, carreira, minha música, minhas dietas e outras banalidades, como relacionamentos. Não consigo parar de citar isso nos meus textos. Não que relacionamento seja banalidade, mas é que não encontrei um que tenha merecido uma classificação melhor que essa. Mas aconteceu um pequeno imprevisto nessa minha saga, onde eu busco sempre uma maneira criativa de falar da falta de sucesso com o sexo oposto, e é claro, culpá-los nas entrelinhas. Sei que não está certo. Mas é irresistível!rs...
Descobri uma pessoa diferente. (Nesse momento a reação feminina varia de “aaaah...que lindo!” a “aaah!que otária!” ). Não foi ele que me apresentou sua essência, mas eu a captei. Percebi seu conteúdo e não necessariamente me apaixonei por ele, mas algo mudou na minha concepção de perfil ideal (reforço: não tô apaixonada, só tô dizendo ainda não consegui ver nele a mesmice dos caras que eu conheci até hoje. E parem de rir dizendo “aaaah, caô!”rsrs...). O que mudou é que eu já não acho mais que seja algo inexistente. E neste dia a Terra parou. Eu não tinha mais argumentos pra dizer que são todos iguais. Agora meu mundo precisa girar em torno disso, da esperança cega de que um dia alguém assim faça parte dele...
(p.s.: espero nunca ter motivos pra escrever um post " Aaaah,mas hoje a Terra gira numa boa...de novo, quando eu redescobrir que são realmente todos iguais!rsrs...)
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Momento Foraseq
Hoje, ou melhor, agora, madrugada pós dia do farmacêutico, tô saindo da rotina com um pouco de insônia (da série “suavizando os problemas da vida”, parte I). Já usei antiséptico bucal 3 vezes pra evitar comer sorvete a essa hora, até por que desconfio que tenho 2 jacas substituindo minhas amígdalas (hum...por que será??rs), papo de umas 10³³ UFCs de Streptococcus pyogenes . Passei 4 horas e meia num carro apertado voltando do trabalho, reconhecendo os terrítórios do nosso Rio de Janeiro que não aparecem nos cartões postais (aparecem costumeiramente no Extra), num dia de chuva, e o ar condicionado parecia plantar novos pés de jaca na minha garganta, que dói horrores agora, especialmente depois das sessões de chips lotados de moles de sódio e nada de água pra rebater. Aí, eu me fiz o favor de parar pra pensar nas coisas que eu tinha refletido ao longo do dia (essa é da série “autofodeção de juízo”, parte I). Percebi que apesar de satisfeita com a minha profissão, eu não estou exercendo (óóóó...méritos para ela, grande achado). Percebi que tô enfrentando uma grande crise, um momento de algumas perdas, onde os ganhos ainda não estão certos, e no meio disso tudo, a base familiar enfraquecida, pois eles também enfrentam uma penca de problemas. Faltam 10 dias (ou menos, nada se sabe ainda) para eu sair da empresa que me deu a maior parte de tudo o que eu sei até agora, e isso implica em sair do convívio de pessoas únicas, sair de uma rotina sem a menor rotina, que deixa qualquer um louco,mas apaixonado...significa deixar de lado uma causa que acreditei, que agarrei com unhas e dentes, pra fazer valer aquilo que eu disse quando me apresentei lá....”eu quero agregar...”(aquele papo que no fundo tooodos dizem, mas poucos falam de verdade? Então, eu falei sério). A verdade é que não são só os valores da empresa, mas as situações ruins, das quais a gente consegue rir, os almoços, os “mimos”, as insanidades....rsrs... enfim! Estava inquieta com a situação, mas quando comecei a falar sobre o trabalho para a minha substituta...me dei conta do quanto me dava gosto falar daquilo. Me dei conta do quanto eu valorizo, do quanto faz parte da minha vida, do quanto eu aprendi...e percebi que vai rolar uma suadade ferrada. Fazer o que, como diria o brilhante D2, “ a vida é um eterno perde e ganha”.
Tô me sentido o Foraseq (da série.. “hã???”). Sei que só os asmáticos de plantão vão entender como funciona, mas é mais ou menos assim: você abre um dispositivo, que é o inalador, insere uma cápsula bonitinha, fecha, fura ela e puxa com força, até sair tudo de dentro, quando você sente ela se debatendo lá dentro. E aí faz isso com a outra cápsula, mais bonitinha que a outra, por que é rosa, rsrs. Viajei nessa idéia enquanto explicava pra Maria como usar o remédio, e percebi que rolava uma semelhança (da série “autofodeção de juízo”, parte II).
É assim que eu tô me sentindo. Como a cápsula que tem um conteúdo fantástico, que é inserida num ambiente propício, mas que tem que ter seu conteúdo todo sugado, mesmo se debatendo pra evitar, e começar do zero. Estou perdendo muitas coisas, e projetos não iniciados, que já fazem parte do meu conteúdo (e isso vai além do trabalho, mas prefiro não comentar o resto...), e daí só partindo de um novo começo mesmo. Tô cansada de recomeçar algumas coisas, é bem verdade. Dizem que eu ainda estou “na idade” de levar essas cacetadas, mas na boa...é por que quem diz isso não se interou da contabilidade das minhas cacetadas...e dos por quês delas. Aí sigo com a filosofia, “ ...um dia a gente perde, no outro a gente apanha...”. Justo. Bem aplicável à realidade. De repente seja tempo de “congelar” certas áreas da vida pra não gastar energia e perder o foco...mas essa é mais uma das inúmeras perguntas para as quais eu não tenho nenhuma resposta pra dar...
Tô me sentido o Foraseq (da série.. “hã???”). Sei que só os asmáticos de plantão vão entender como funciona, mas é mais ou menos assim: você abre um dispositivo, que é o inalador, insere uma cápsula bonitinha, fecha, fura ela e puxa com força, até sair tudo de dentro, quando você sente ela se debatendo lá dentro. E aí faz isso com a outra cápsula, mais bonitinha que a outra, por que é rosa, rsrs. Viajei nessa idéia enquanto explicava pra Maria como usar o remédio, e percebi que rolava uma semelhança (da série “autofodeção de juízo”, parte II).
É assim que eu tô me sentindo. Como a cápsula que tem um conteúdo fantástico, que é inserida num ambiente propício, mas que tem que ter seu conteúdo todo sugado, mesmo se debatendo pra evitar, e começar do zero. Estou perdendo muitas coisas, e projetos não iniciados, que já fazem parte do meu conteúdo (e isso vai além do trabalho, mas prefiro não comentar o resto...), e daí só partindo de um novo começo mesmo. Tô cansada de recomeçar algumas coisas, é bem verdade. Dizem que eu ainda estou “na idade” de levar essas cacetadas, mas na boa...é por que quem diz isso não se interou da contabilidade das minhas cacetadas...e dos por quês delas. Aí sigo com a filosofia, “ ...um dia a gente perde, no outro a gente apanha...”. Justo. Bem aplicável à realidade. De repente seja tempo de “congelar” certas áreas da vida pra não gastar energia e perder o foco...mas essa é mais uma das inúmeras perguntas para as quais eu não tenho nenhuma resposta pra dar...
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Dia do Farmacêutico
Não poderia deixar de postar nada sobre o dia da profissão que eu escolhi. Mas não vou usar aquelas orações do farmacêutico que estão rolando no orkut, nada de textos “cabelo” sobre lutar ardentemente pelo reconhecimento da profissão. Todo profissional sofre com alguma sacanagem da sua respectiva profissão, e não acho justo usar a inspiração que este dia me deu pra falar sobre isso. Seriam muitos comentários “ZzZzZzZz” pro eu gosto.
A começar pela minha escolha: ninguém acredita que eu escolhi farmácia por que errei o código do curso na hora de preencher os papéis do vestibular. Quando vi qual curso era, achei que fosse um sinal ( até na hora de fazer escolhar a idiota acredita nessas coisas cósmicas...construir castelos com a profissão???é muita otarice!). Mas aí eu parei pra pensar: eu amo biologia e química, como juntar tudo isso num único curso? (quanta ingenuidade...achando que era só isso...uahuahauh)
Claro...farmácia vai muito além...é uma das profissões mais antiga da humanindade, e a verdade é que...depois que deixou de ser execida por médicos ficou muito melhor!(hehe, não podia perder essa..rsrs...como todo respeito ao Galeno) enfim, o importante é que, desde o boticário até o farmacêutico de múltiplas áreas de atuação de hoje, a profissão evoluiu muito até se tornar indispensável...( até por que só nós podemos dispensar....aff!terrível essa!)é o cara que é perito desde a produção até a distribuição dos medicamentos, envolvido na pesquisa de novas formas de curar e no uso racional destas! Por isso eu me declaro apaixonada pela profissão farmacêutica, e declaro que vou honrar o meu juramento!!!(claro,assim que eu conseguir exercer esta merda...uahuahauhauh...sacanagem)
PARABÉNS A NÓS!!!
FARMACÊUTICO: A DOSE CERTA PARA A SUA SAÚDE !!!!(by CRF-RJ...rsrs)
A começar pela minha escolha: ninguém acredita que eu escolhi farmácia por que errei o código do curso na hora de preencher os papéis do vestibular. Quando vi qual curso era, achei que fosse um sinal ( até na hora de fazer escolhar a idiota acredita nessas coisas cósmicas...construir castelos com a profissão???é muita otarice!). Mas aí eu parei pra pensar: eu amo biologia e química, como juntar tudo isso num único curso? (quanta ingenuidade...achando que era só isso...uahuahauh)
Claro...farmácia vai muito além...é uma das profissões mais antiga da humanindade, e a verdade é que...depois que deixou de ser execida por médicos ficou muito melhor!(hehe, não podia perder essa..rsrs...como todo respeito ao Galeno) enfim, o importante é que, desde o boticário até o farmacêutico de múltiplas áreas de atuação de hoje, a profissão evoluiu muito até se tornar indispensável...( até por que só nós podemos dispensar....aff!terrível essa!)é o cara que é perito desde a produção até a distribuição dos medicamentos, envolvido na pesquisa de novas formas de curar e no uso racional destas! Por isso eu me declaro apaixonada pela profissão farmacêutica, e declaro que vou honrar o meu juramento!!!(claro,assim que eu conseguir exercer esta merda...uahuahauhauh...sacanagem)
PARABÉNS A NÓS!!!
FARMACÊUTICO: A DOSE CERTA PARA A SUA SAÚDE !!!!(by CRF-RJ...rsrs)
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Fracassos...
Escrevi esse texto no dia 03 de julho de 2008. Isso mesmo, 10 dias antes do meu aniversário(o inferno astral, se ele existe, estava no auge.)Imagina um dia de CÃO, em que absolutamente TUDO dá errado. Tá, agora pega o produto entre esse dia e MOL, (6,02 x 10²³, mais ou menos). Foi o dia em que eu escrevi esse texto, aos prantos, com muita raiva da vida. Infelizmente (ou felizmente!) eu não consigo lembrar exatamente o que houve, mas sei que deu merda desde o abrir dos olhos até o tentar fechar (por que é fato que rolou insônia, certamente....).
Enfim, hoje...bom, não que hoje dê tudo certo (ah, mas logo hoje...rs), mas acho que minha visão mudou. E esse texto serve pra eu rir pra cacete, de mim mesma! rsrs, se algo deu certo nesse dia, foi esse texto!hehehe...Se liga no título, já de cara:
Eu sou um fracasso!
Eu sou um fracasso. O mais verdadeiro e burro de todos eles. Se algum sábio considera impossível fracassar em todos os aspectos da vida, terei de fazê-lo descobrir que ele também é um fracassado, pois de sábio não tem nada. Eu sou capaz disso. Aliás, a única coisa que faço bem na vida é fracassar. Ah, também faço muito bem deixar claro que não tenho a menor tolerância com fracassos, para os inúteis ao meu redor que cismam em dizer coisas muito tolas quando eu digo que fracassei. Especialmente aqueles que usam frases clichês e começam a divagar sobre seus próprios fracassos, na tentativa de diminuir o meu. Esse é sim o maior fracasso deles, e eu só não tento ver isso como uma vantagem por que eu sei que iria fracassar nisso também. Talvez eu devesse começar a pensar em não dividir meus fracassos com ninguém, mas eles são tantos que mal cabem em mim. E também é uma atitude egoísta, com tantas histórias de fracassos, por que não dar às pessoas que têm êxito na missão de serem medíocres a alegria de perceberem que alguém se dá muito mais mal que elas? Afinal, ser fracassado, tudo bem, já faz parte do meu dia a dia. Mas hei de ser uma fracassado altruísta, embora saiba que não posso contar que as pessoas me dêem isso de volta. Até por que, um bom fracassado deve ser também um excluído, não pegaria bem se as pessoas me dessem um tapinha nas costas, me convidassem pra beber uma pinga e compartilhassem um “ É foda!” comigo, de forma sincera. Filantropia é over, e só os fracassados curtem. Bom mesmo é dizer coisas do tipo “ Ah, você consegue!” ou ainda “ A vida tem dos seus altos e baixos mesmo...” , com a variação “ Os obstáculos da vida nos fortalecem...”. Seja qual for a fala, o desfecho é sempre o mesmo para todos: as pessoas se afastam, pois além de serem mesquinhas em dizer coisas hipócritas sobre o fracasso do outro, ainda são ignorantes a ponto de achar que o baixo astral de um fracassado vai contaminá-las. Essa parte por vezes chega a ser divertida, pois é uma verdadeira fanfarronice.
Mas e quando o fracasso não vem da própria incompetência, mas sim é fruto das injustiças produzidas pelas pessoas que não olham nada além do próprio nariz? É pior, por que se você resolve lutar contra isso, você possivelmente já ganha título de baderneiro, socialista vagabundo membro do PSOL, embora só nessa sentença haja quatro segmentos bem distintos da sociedade. É muito mais cômodo se conformar. Além do que, quem se conforma se confronta com quem luta contra o conformismo, e assim lutam contra aquilo que no fundo todos têm o desejo de fazer, mas o medo e a covardia não deixam. É também o medo de fracassar.
E eu posso dizer, caros amigos inertes ultra-mega-conformados, verdadeiros pesos para papel: fracassar não mata. Na verdade o fracasso não dói tanto. Dói mesmo é ser apontado como fracassado, pois o fracasso pertence a mim, ninguém divide a luta contra ele comigo, ninguém divide as minhas limitações, que me levam ao fracasso, comigo. Então também não posso permitir que fiquem com a parte boa, essa de transferir o foco para o outro, essa de se sentir aliviado por que enquanto existe outro sendo depreciado, não vai haver espaço para a percepção de suas mazelas. Essa dança acaba por virar um verdadeiro zoológico em festa, onde o espírito de porco aponta o fracasso do pobre do bode expiatório, as cobras venenosas aumentam os holofotes nos seus erros, que eram pequenos, enquanto um bando de bichos-preguiça acham isso absolutamente normal e algumas hienas gargalham, sem perceberem que as raposas estao por toda a parte, esperando pelo próximo fracasso...
p.s.: Aqui entre nós...eu não devia mesmo era falar sobre isso com niguém. Todo mundo vai piorar as coisas achando que tá sendo um exemplo de sinceridade ou tentar melhorar com conversas idiotas. O pior são aqueles que acham que eu mereci o fracasso, por que não dei o máximo de mim. Engraçado, se o máximo é de mim, achei que eu mesma tivesse que definir onde ele se limita...
Enfim, hoje...bom, não que hoje dê tudo certo (ah, mas logo hoje...rs), mas acho que minha visão mudou. E esse texto serve pra eu rir pra cacete, de mim mesma! rsrs, se algo deu certo nesse dia, foi esse texto!hehehe...Se liga no título, já de cara:
Eu sou um fracasso!
Eu sou um fracasso. O mais verdadeiro e burro de todos eles. Se algum sábio considera impossível fracassar em todos os aspectos da vida, terei de fazê-lo descobrir que ele também é um fracassado, pois de sábio não tem nada. Eu sou capaz disso. Aliás, a única coisa que faço bem na vida é fracassar. Ah, também faço muito bem deixar claro que não tenho a menor tolerância com fracassos, para os inúteis ao meu redor que cismam em dizer coisas muito tolas quando eu digo que fracassei. Especialmente aqueles que usam frases clichês e começam a divagar sobre seus próprios fracassos, na tentativa de diminuir o meu. Esse é sim o maior fracasso deles, e eu só não tento ver isso como uma vantagem por que eu sei que iria fracassar nisso também. Talvez eu devesse começar a pensar em não dividir meus fracassos com ninguém, mas eles são tantos que mal cabem em mim. E também é uma atitude egoísta, com tantas histórias de fracassos, por que não dar às pessoas que têm êxito na missão de serem medíocres a alegria de perceberem que alguém se dá muito mais mal que elas? Afinal, ser fracassado, tudo bem, já faz parte do meu dia a dia. Mas hei de ser uma fracassado altruísta, embora saiba que não posso contar que as pessoas me dêem isso de volta. Até por que, um bom fracassado deve ser também um excluído, não pegaria bem se as pessoas me dessem um tapinha nas costas, me convidassem pra beber uma pinga e compartilhassem um “ É foda!” comigo, de forma sincera. Filantropia é over, e só os fracassados curtem. Bom mesmo é dizer coisas do tipo “ Ah, você consegue!” ou ainda “ A vida tem dos seus altos e baixos mesmo...” , com a variação “ Os obstáculos da vida nos fortalecem...”. Seja qual for a fala, o desfecho é sempre o mesmo para todos: as pessoas se afastam, pois além de serem mesquinhas em dizer coisas hipócritas sobre o fracasso do outro, ainda são ignorantes a ponto de achar que o baixo astral de um fracassado vai contaminá-las. Essa parte por vezes chega a ser divertida, pois é uma verdadeira fanfarronice.
Mas e quando o fracasso não vem da própria incompetência, mas sim é fruto das injustiças produzidas pelas pessoas que não olham nada além do próprio nariz? É pior, por que se você resolve lutar contra isso, você possivelmente já ganha título de baderneiro, socialista vagabundo membro do PSOL, embora só nessa sentença haja quatro segmentos bem distintos da sociedade. É muito mais cômodo se conformar. Além do que, quem se conforma se confronta com quem luta contra o conformismo, e assim lutam contra aquilo que no fundo todos têm o desejo de fazer, mas o medo e a covardia não deixam. É também o medo de fracassar.
E eu posso dizer, caros amigos inertes ultra-mega-conformados, verdadeiros pesos para papel: fracassar não mata. Na verdade o fracasso não dói tanto. Dói mesmo é ser apontado como fracassado, pois o fracasso pertence a mim, ninguém divide a luta contra ele comigo, ninguém divide as minhas limitações, que me levam ao fracasso, comigo. Então também não posso permitir que fiquem com a parte boa, essa de transferir o foco para o outro, essa de se sentir aliviado por que enquanto existe outro sendo depreciado, não vai haver espaço para a percepção de suas mazelas. Essa dança acaba por virar um verdadeiro zoológico em festa, onde o espírito de porco aponta o fracasso do pobre do bode expiatório, as cobras venenosas aumentam os holofotes nos seus erros, que eram pequenos, enquanto um bando de bichos-preguiça acham isso absolutamente normal e algumas hienas gargalham, sem perceberem que as raposas estao por toda a parte, esperando pelo próximo fracasso...
p.s.: Aqui entre nós...eu não devia mesmo era falar sobre isso com niguém. Todo mundo vai piorar as coisas achando que tá sendo um exemplo de sinceridade ou tentar melhorar com conversas idiotas. O pior são aqueles que acham que eu mereci o fracasso, por que não dei o máximo de mim. Engraçado, se o máximo é de mim, achei que eu mesma tivesse que definir onde ele se limita...
domingo, 18 de janeiro de 2009
Camarão na Muranga
Às vezes sinto que algumas pessoas não entendem a minha devoção pelo domingo em família. É perfeitamente compreensível, visto que cada qual tem sua história de vida e sua base familiar. E é por isso que eu gosto tanto de discursar sobre a família Gesteira-Buscapé, é assunto que não acaba mais!
Hoje foi um domingo regado à camarão na moranga na casa do primo (rs). Como sempre, todos são avisados, chegam na hora do almoço, espera-se que as mulheres se reúnam na sala pra relembrar casos, alfinetar umas às outras...ou seja, uma sacanagem só!rs...(eu, imagina...nem sacaneio todo mundo...as pessoas se sacaneiam, pois nada posso fazer se elas dão o mole de serem caricatas e merecerem minhas imitações...hehe). Enquanto isso os homens jogam buraco...se a pressa for muita, jogam sueca. Aguardo ansiosamente o dia em que eles vão se render ao truco ou ao mau-mau pra eu poder penetrar no universo deles!hehe...
Contudo...os domingos já não são os mesmos. Falta uma parte crucial da história, a base de tudo: o patriarca da família que já não está entre nós, que num dia como hoje deixa sua memória em cada detalhe, de cada hora que passamos...Ninguém me acordou às 7h da manhã pra perguntar onde ia ser o almoço...ninguém chegou na casa já puxando o baralho e induzindo todo mundo à jogatina...rs, ninguém disse que quem chegasse tarde ia “levar bolada”, e no caso de hoje seria por ele mesmo, já que adorava camarão...ninguém ficou com cara de poucos amigos por causa do calor, até se juntar às crianças tomando banho de borracha...ninguém disse que eu sou a maioral por conseguir simplesmente ganhar dele no jogo de damas...niguém me deu um conselho com a estrutura “faz isso, boba”, rs, enfim, nada mais daquele jeito de atender o telefone, que todo mundo tenta imitar mas é exclusivo, nada mais de “tá brincando??” e “é pra lião”...Minha avó contou sobre a tristeza que bate nela ao ver a casa vazia, ao acordar e não ter que dar os remédios a ele, e tudo o mais...mas disse que não abre mão de ficar naquela casa que ela desejou tanto e que ele deu a ela, com tanto amor e dedicação...Não sei se consegui disfarçar as lágrimas que insistiram em percorrer meu rosto nessa hora, eu acho que minha avó percebeu. Eu quis o colo dela nessa hora, por que desde criança é o que me cura de absolutamente qualquer coisa. O que salva é que a família tem uma base forte...que ele plantou e jamais deixará de existir! Então esse camarão na moranga que foi o que ele sugeriu que fizéssemos pro almoço, dias antes de nos deixar...se transformou em mais um dia especial pra nós...
Agora enxugo minhas lágrimas para falar de outras coisas boas. Vejo ali um futuro especial. Vejo André que é um cara que tem sucesso nos investimentos dele, o casamento, a casa...e fico felicíssima, pois ele merece isso e muito mais. Vejo Davi que conserva o mesmo palhaço de sempre, que não se irrita com nada. Pergunto por Paulinha que está fazendo prova, indo trabalhar, correndo atrás, e sinto falta do “amiiiga”, rsrs. Vejo que eles ainda são os irmãos que eu não tive, mas que na verdade, eu tive. Vejo que em pouco tempo daremos bisnetos aos nossos queridos avós (ah, parêntese só pra não abandonar a essência básica do meu blog: como assim “daremos”?não sei se posso me incluir nessa, a coisa tá feia pro meu lado...hehe). E enquanto isso não acontece, eu me apaixono por duas criaturinhas recém chegadas a este mundo, que acho que caíram na família do céu mesmo...
Cauã já chega arrancando sorrisos de todos. Pâmela chega tímida, orgulhosa com seus óculos escuros, parece já revelar a “moçoila” cheia de classe que vai ser daqui a uns anos. Ele passa direto. Até um agarrar ele, e ele começar a passar de mão em mão igual almofada. Eu tô na minha, até que ouço...”Chanaííína...”. Meu...não dá pra resistir!rsrs...Acabei de devorar uns 500 g de camarão, está um sol desgraçado, mas lá estou eu, em questão de segundos. Correndo no sol, jogando futebol com 4 bolas babadas pelo cachorro, puxando carrinhos e trocando de chinelo com ele (sério...o que eles fazem pra deixar a gente assim tão patéticos??). Aí alguém tem a brilhante idéia de colocar ele pra tomar banho de balde...muito bem, dei umas saidinhas discretas enquanto ele mandava eu comer uma torta de chocolate imaginária na mãe dele falando que tava boa. Céus, é muita imaginação!rsrs
Quando o sono vem, eu aproveito pra fazer um treinamento intensivo: dar banho, colocar pra fazer xixi, mas antes entender que ele quer isso, dar mamadeira, antes entender, mais uma vez, que ele quer isso...rsrs...ver o sono batendo, colocar ele no colo e começar a cantar “Se eu fosse peixinho, e soubesse nadar...jogava...(fulano) no fundo do mar!” Bom, ele só dormiu depois que jogou todo mundo que ele conhecia no fundo do mar...rsrs, mas na boa...não tem preço...ver a felicidade com coisas extremamente simples nos olhos doces de uma criança...colocar ele no colo e deixar-se contagiar pelo carinho que emana naturalmente de mim e ver que ele sente...ver ele adormecer e não me largar quando eu tento sair...ia fechar o dia levando eles pra ver Madagascar 2, mas não rolou...Ainda vou fazer isso!
Assim o domingo termina. Com as lembranças do dia que me remeteram à lembranças boas, que me matam de saudades e doem, mas que são a minha base mais forte. Aproveito o encejo para dizer à vocês que valorizem esses momentos simples da vida, e as pessoas que deles participam. Aliás, valorizem todas as coisas simples da vida, pois são “o refúgio de um espírito complexo”.
Hoje foi um domingo regado à camarão na moranga na casa do primo (rs). Como sempre, todos são avisados, chegam na hora do almoço, espera-se que as mulheres se reúnam na sala pra relembrar casos, alfinetar umas às outras...ou seja, uma sacanagem só!rs...(eu, imagina...nem sacaneio todo mundo...as pessoas se sacaneiam, pois nada posso fazer se elas dão o mole de serem caricatas e merecerem minhas imitações...hehe). Enquanto isso os homens jogam buraco...se a pressa for muita, jogam sueca. Aguardo ansiosamente o dia em que eles vão se render ao truco ou ao mau-mau pra eu poder penetrar no universo deles!hehe...
Contudo...os domingos já não são os mesmos. Falta uma parte crucial da história, a base de tudo: o patriarca da família que já não está entre nós, que num dia como hoje deixa sua memória em cada detalhe, de cada hora que passamos...Ninguém me acordou às 7h da manhã pra perguntar onde ia ser o almoço...ninguém chegou na casa já puxando o baralho e induzindo todo mundo à jogatina...rs, ninguém disse que quem chegasse tarde ia “levar bolada”, e no caso de hoje seria por ele mesmo, já que adorava camarão...ninguém ficou com cara de poucos amigos por causa do calor, até se juntar às crianças tomando banho de borracha...ninguém disse que eu sou a maioral por conseguir simplesmente ganhar dele no jogo de damas...niguém me deu um conselho com a estrutura “faz isso, boba”, rs, enfim, nada mais daquele jeito de atender o telefone, que todo mundo tenta imitar mas é exclusivo, nada mais de “tá brincando??” e “é pra lião”...Minha avó contou sobre a tristeza que bate nela ao ver a casa vazia, ao acordar e não ter que dar os remédios a ele, e tudo o mais...mas disse que não abre mão de ficar naquela casa que ela desejou tanto e que ele deu a ela, com tanto amor e dedicação...Não sei se consegui disfarçar as lágrimas que insistiram em percorrer meu rosto nessa hora, eu acho que minha avó percebeu. Eu quis o colo dela nessa hora, por que desde criança é o que me cura de absolutamente qualquer coisa. O que salva é que a família tem uma base forte...que ele plantou e jamais deixará de existir! Então esse camarão na moranga que foi o que ele sugeriu que fizéssemos pro almoço, dias antes de nos deixar...se transformou em mais um dia especial pra nós...
Agora enxugo minhas lágrimas para falar de outras coisas boas. Vejo ali um futuro especial. Vejo André que é um cara que tem sucesso nos investimentos dele, o casamento, a casa...e fico felicíssima, pois ele merece isso e muito mais. Vejo Davi que conserva o mesmo palhaço de sempre, que não se irrita com nada. Pergunto por Paulinha que está fazendo prova, indo trabalhar, correndo atrás, e sinto falta do “amiiiga”, rsrs. Vejo que eles ainda são os irmãos que eu não tive, mas que na verdade, eu tive. Vejo que em pouco tempo daremos bisnetos aos nossos queridos avós (ah, parêntese só pra não abandonar a essência básica do meu blog: como assim “daremos”?não sei se posso me incluir nessa, a coisa tá feia pro meu lado...hehe). E enquanto isso não acontece, eu me apaixono por duas criaturinhas recém chegadas a este mundo, que acho que caíram na família do céu mesmo...
Cauã já chega arrancando sorrisos de todos. Pâmela chega tímida, orgulhosa com seus óculos escuros, parece já revelar a “moçoila” cheia de classe que vai ser daqui a uns anos. Ele passa direto. Até um agarrar ele, e ele começar a passar de mão em mão igual almofada. Eu tô na minha, até que ouço...”Chanaííína...”. Meu...não dá pra resistir!rsrs...Acabei de devorar uns 500 g de camarão, está um sol desgraçado, mas lá estou eu, em questão de segundos. Correndo no sol, jogando futebol com 4 bolas babadas pelo cachorro, puxando carrinhos e trocando de chinelo com ele (sério...o que eles fazem pra deixar a gente assim tão patéticos??). Aí alguém tem a brilhante idéia de colocar ele pra tomar banho de balde...muito bem, dei umas saidinhas discretas enquanto ele mandava eu comer uma torta de chocolate imaginária na mãe dele falando que tava boa. Céus, é muita imaginação!rsrs
Quando o sono vem, eu aproveito pra fazer um treinamento intensivo: dar banho, colocar pra fazer xixi, mas antes entender que ele quer isso, dar mamadeira, antes entender, mais uma vez, que ele quer isso...rsrs...ver o sono batendo, colocar ele no colo e começar a cantar “Se eu fosse peixinho, e soubesse nadar...jogava...(fulano) no fundo do mar!” Bom, ele só dormiu depois que jogou todo mundo que ele conhecia no fundo do mar...rsrs, mas na boa...não tem preço...ver a felicidade com coisas extremamente simples nos olhos doces de uma criança...colocar ele no colo e deixar-se contagiar pelo carinho que emana naturalmente de mim e ver que ele sente...ver ele adormecer e não me largar quando eu tento sair...ia fechar o dia levando eles pra ver Madagascar 2, mas não rolou...Ainda vou fazer isso!
Assim o domingo termina. Com as lembranças do dia que me remeteram à lembranças boas, que me matam de saudades e doem, mas que são a minha base mais forte. Aproveito o encejo para dizer à vocês que valorizem esses momentos simples da vida, e as pessoas que deles participam. Aliás, valorizem todas as coisas simples da vida, pois são “o refúgio de um espírito complexo”.
sábado, 17 de janeiro de 2009
A difícil arte de se apaixonar
Inicialmente gostaria de colocar alguns esclarecimentos, para que não pareça mais um texto com opinião tendenciosa de mulher frustrada e mal amada (quiçá “não amada”, se aplica mais ao caso, mas ok, vamos deixar isso claro para que as pessoas possam ler sem acham que tem muitos viéses...). Esse é um texto meramente descritivo, onde decidi juntar várias colocações e teorias, fatos, enfim, tudo o que eu observo as pessoas dizerem a respeito da difícil missão de ter um relacionamento saudável. Não é um texto de protesto, nem um desabafo desesperado. Ah, e principalmente, para que conste nos autos: não é nenhuma indireta pra alguém!
Se apaixonar é uma arte. Se alguém duvida disso, é por que nunca se apaixonou, ou mesmo por que se frustrou tanto que decidiu ignorar essa parte da vida. Esse não é artista, ou o talento está ainda obscuro. A paixão é muito mais do que aquele sentimento que as pessoas descrevem utopicamente como algo que tira o sono, a fome, o ar, a atenção e a razão das pessoas. Besteira. Visão muito limitada da situação. Para se apaixonar de fato é necessário vencer coisas que estão dentro de si mesmo, e ainda por cima “atropelar” o externo, pois é o que mais conspira contra. As barreiras que a sociedade impõe são capazes de vencer sim um sentimento forte.
Nossa...péssimo! Não me orgulhei de escrever essa frase, que além de suuuper clichê, é uma ótima desculpa pra quem gosta de cometer uns pecadinhos de estimação e colocar a culpa na convenção social, pois não é a pessoa que comete o excesso, é a sociedade que impõe limites muito estreitos, e é claro, hipócritas. Mas vá lá, para as explicações posteriores, tá valendo.
Você chega no seu primeiro dia na escola nova, 5ª série do ensino médio, usando aparelho, tranças e óculos, enfim, super graciosa. Não bastasse a sociopatia que te dá dor de barriga ao fazer contato com as pessoas novas, você vai pro recreio e vê aquele Deus grego da 8ª série jogando basquete. Isso torna os seus dias no colégio caóticos. Você não sabe qual a combinação de vogais que gera uma forma de cumprimentá-lo. Culpa de quem? Paixão! E essa é a primeira de muitas, a mais platônica de todas, mas também a mais inocente e inesquecível. Mas nada de concreto precisa acontecer, você só quer sentir aquelas coisas muito loucas que passam com você quando ele está por perto, quando você vê aquela foto dele que a sua melhor amiga pede pra tirar, na maior caraça de pau, com ele fazendo pose e tudo.
Você está no 1° período da faculdade. Acontecem mais coisas por segundo que voc já viveu nos seus 18 anos de vida. Não poderia deixar de acontecer o quê? Uma grande paixão! Ele é incrível...veterano, popular, super álcool resistente, quebra cocos com a cabeça e é fã de caverna do dragão. Além do mais, é lindo, alto e musculoso. Irresistível, né? Claro que você se apaixonou! E ele precisa ser seu namorado com urgência!
Você conseguiu seu primeiro estágio. Agora mais madura, mais bonita, mais ciente das coisas da vida (no meu caso mais gorda também, e isso lêia-se um aumento exponencial anual). Não sabe como pôde se apaixonar pelos dois últimos boçais, e ri, de si mesma, e é claro, deles. O grande lance do momento é que você descobriu que o homem da sua vida é aquele analista da informática. O seu subconsciente já programou o seu interesse por uma pessoa com a situação mais estável que a sua, mas não muito acima, perfis profissionais opostos pra rolar uma troca boa, e é claro, um porém. TEM que ter um porém, sabe por quê? Por que além de tudo de mais complexo que você se tornou ao longo desses anos, você curte uma coisa chamada desafio. Se vier de bandeja, especialmente em se tratando de amor, você não gosta e/ou desconfia. Mas não importa. Esse cara PRECISA ser o homem da sua vida. Pronto. A partir daí, a merda está feita. Por que toda história que se pareça o mínimo com um filme de sessão da tarde rende uma expectativa de que aquela seja a pessoa da sua vida.
Qual o objetivo desses exemplos? Perceber como evolui o pensamento em relação à isso. Na maturidade se apaixonar é uma arte, pois exige um talento incrível de driblar todos os questionamentos que surgem na cabeça, fruto de anos e anos de experiências boas e ruins. Se na descoberta do amor o sentimento se basta, mais adiante ele tem que ser praticado, e com intensidade. Com as inúmeras práticas vem a necessidade de se conter e ser cauteloso, não é permitido se entregar. As pessoas ficam tomadas por uma prioridades insensatas, como o orgulho, a necessidade de autoafirmação, a busca desmedida pelo prazer, o preconceito, o medo de se prender, e enfim, tudo o que esteja relacionado com a zona de conforto do indivíduo. As pessoas começam a extrapolar o óbvio, duvidar daquilo que está nítido aos olhos, sabe Deus pra quê, eu continuo votando que é pra gerar emoção. Com emoção é muito mais divertido, pra que seguir o caminho mais racional da coisa? Vejam inúmeras situações escrotas (todas estão, aliás, descritas no texto anterior “Auto-análise”) que têm significdos óbvios. As pessoas distorcem os fatos e conseguem sofrer com eles, antes e depois de sucederem, diga-se de passagem.
Mas nada disso é por mal. Convenciona-se que as mulheres o fazem por otarice (minha experiência de vida me torna suficientemente qualificada para criar um substantivo relativo à otário), e os homens, por malandragem. Será? (tá vendo como o ser humano distorce e duvida de coisas óbvias?rsrs)
E aí, meus caros...começa uma sucessão de coisas que só contribuem pra eu construir muuuitos castelos imaginários (numa linha de produção praticamente, dá pra superar Jacarepaguá com os condomínios)....Castelo surgiu de uma piada interna que eu e minhas amigas (todas na mesmíssima situação) da faculdade fizemos, sobre a capacidade que nós temos de transformar qualquer historinha de ponto de ônibus em conto de fadas, que necessariamente tem que ter, um puta castelo onde pessoas serão felizes para sempre. E aí a cada investida rola a construção de um novo castelo. Devo dizer que superei Walt Disney nos últimos 2 anos.
Ocorre que quando chegamos nesse estágio, acontece de tudo. Quer ver como começam as construções de castelos a partir dos exemplos que citei lá em cima?
Aí a criatura já está madura. Uma mulher linda, independente, bem sucedida, divertida, super descolada. Agora que já tem um diplomazinho nas mãos, e um emprego satisfatório, rola começar a busca pelo homem da sua vida. Você domina completamente os seus sentimentos, está pronta pra isso. Até que...
Sabe o rapazinho que jogava basquete na 8ª série? Então...ele reapareceu, virou atleta profissional e está mais gato que nunca. Ele poderia ter todas as mulheres do mundo, mas quer você, de quem ele foi o primeiro amor. Meu DEEEUS, mas é um prato cheio pra virar conto de fadas. Até você descobrir que o cara ia jogar no exterior, onde tem uma noiva e 2 filhos com uma ex mulher, além da amante. O castelo foi construído pela empresa do Sérgio Naya, fato.
Ok, você se recompôs depois de muita sessões de chocolate+sorvetes+Celine Dion. Pronta pra outra. Só espera não ser outra assim. Tolinha...
Você vai fazer auditoria em uma grande multinacional de produtos químicos, e quem é o responsável técnico da parada? Sim, o boçal quebrador de cocos com síndrome de Eric, da época da faculdade. Cacete!! Ele surpreendentemente amadureceu, bebe com moderação, é super responsável , abandonou os cocos, e o Eric...bem, esse continua presente, mas só em miniaturas. E claro, está ainda mais gato!! E te convidou pra almoçar! Você conseguiu perceber um brilho no olhar dele enquanto te via! Na verdade, você viu a cena toda se passar em slow motion, logo antes de se ver subindo no altar e dando entrevista pro Globo Repórter fazer um programa sobre casais extremanente bem sucedidos que conseguem conciliar o sucesso estupendo dos dois! Pronto, querida, mais um castelo. Mas esse quem construiu foi a Kibon, não chegava a ser de areia, mas os palitinhos não resistiram aos ventos de sumiço do cara. “Surtado”, é a mínimo que você pensa. Na semana passada eu era a mulher da vida dele. Agora ele sumiu, absolutamente. Não tem explicação, minha filha. Possivelmente ela virá quando você atingir o próximo estágio.
Enfim, o fato é que EUZINHA aqui estou naquele último estágio apresentado. Paixãozinha é o cacete, namoradinho de 3 meses nem fudendo, eu quero mesmo é encontrar O CARA. Não, eu não cheguei à essa brilhante conclusão sozinha, a minha terapeuta dise isso pra mim, com essas palavras, depois de eu ter termindo de contar os acontecimentos amorosos daquela ultima semana (movimentadíssima, e produtividade 0%). E ela me convenceu. E eu não acho que O CARA seja inatingível...Não deve ser muito difícil ser inteligente, divertido, gentil, gostar de crianças, ser fiel e bem resolvido! Ahn...ok, é inatingível! hahahaha...Vamos flexibilizar em alguns aspectos pra aumentar as chances...
Mas mais que flexibilizar, vamos fortalecer a base dos castelos. Fica muito difícil o castelo vingar se você mesmo não acredta nele. Vamos construí-los mais lentamente, sem pressa de que fiquem prontos, nem com a pretensão de que fiquem perfeitos. Castelo bom é aquele que está sempre em construção e aperfeiçoamento. Não precisa achar que a pessoa perfeita tem como obrigação corresponder às suas expectativas, mas abra os olhos e o coração pra perceber que existe uma pessoa que talvez não seja assim tão perfeita, mas que quer o mesmo que você! O castelo pode – e deve!- ser construído pelos moradores, e pra isso, é preciso que ambos o desejem fortemente.
A teoria é super bonita. Eu sigo achando que não sou uma artista. Não tenho talento pra me apaixonar, de fato. Talvez me sobre talento pra enxergar o que não existe, ou pra fazer escolhas mal feitas (tipo, muuuitas). E não é que me falte talento pra enxergar o que de fato é o meu castelo...talvez eu esteja ganhando a formação necessária para quando chegar a hora de construir o meu, nós dois estejamos preparados.
E que isso ocorra antes dos 30, pelamordedeus!!! Não vou suportar usar cremes anti-sinais sem ter ninguém pra me zuar por isso...
Se apaixonar é uma arte. Se alguém duvida disso, é por que nunca se apaixonou, ou mesmo por que se frustrou tanto que decidiu ignorar essa parte da vida. Esse não é artista, ou o talento está ainda obscuro. A paixão é muito mais do que aquele sentimento que as pessoas descrevem utopicamente como algo que tira o sono, a fome, o ar, a atenção e a razão das pessoas. Besteira. Visão muito limitada da situação. Para se apaixonar de fato é necessário vencer coisas que estão dentro de si mesmo, e ainda por cima “atropelar” o externo, pois é o que mais conspira contra. As barreiras que a sociedade impõe são capazes de vencer sim um sentimento forte.
Nossa...péssimo! Não me orgulhei de escrever essa frase, que além de suuuper clichê, é uma ótima desculpa pra quem gosta de cometer uns pecadinhos de estimação e colocar a culpa na convenção social, pois não é a pessoa que comete o excesso, é a sociedade que impõe limites muito estreitos, e é claro, hipócritas. Mas vá lá, para as explicações posteriores, tá valendo.
Você chega no seu primeiro dia na escola nova, 5ª série do ensino médio, usando aparelho, tranças e óculos, enfim, super graciosa. Não bastasse a sociopatia que te dá dor de barriga ao fazer contato com as pessoas novas, você vai pro recreio e vê aquele Deus grego da 8ª série jogando basquete. Isso torna os seus dias no colégio caóticos. Você não sabe qual a combinação de vogais que gera uma forma de cumprimentá-lo. Culpa de quem? Paixão! E essa é a primeira de muitas, a mais platônica de todas, mas também a mais inocente e inesquecível. Mas nada de concreto precisa acontecer, você só quer sentir aquelas coisas muito loucas que passam com você quando ele está por perto, quando você vê aquela foto dele que a sua melhor amiga pede pra tirar, na maior caraça de pau, com ele fazendo pose e tudo.
Você está no 1° período da faculdade. Acontecem mais coisas por segundo que voc já viveu nos seus 18 anos de vida. Não poderia deixar de acontecer o quê? Uma grande paixão! Ele é incrível...veterano, popular, super álcool resistente, quebra cocos com a cabeça e é fã de caverna do dragão. Além do mais, é lindo, alto e musculoso. Irresistível, né? Claro que você se apaixonou! E ele precisa ser seu namorado com urgência!
Você conseguiu seu primeiro estágio. Agora mais madura, mais bonita, mais ciente das coisas da vida (no meu caso mais gorda também, e isso lêia-se um aumento exponencial anual). Não sabe como pôde se apaixonar pelos dois últimos boçais, e ri, de si mesma, e é claro, deles. O grande lance do momento é que você descobriu que o homem da sua vida é aquele analista da informática. O seu subconsciente já programou o seu interesse por uma pessoa com a situação mais estável que a sua, mas não muito acima, perfis profissionais opostos pra rolar uma troca boa, e é claro, um porém. TEM que ter um porém, sabe por quê? Por que além de tudo de mais complexo que você se tornou ao longo desses anos, você curte uma coisa chamada desafio. Se vier de bandeja, especialmente em se tratando de amor, você não gosta e/ou desconfia. Mas não importa. Esse cara PRECISA ser o homem da sua vida. Pronto. A partir daí, a merda está feita. Por que toda história que se pareça o mínimo com um filme de sessão da tarde rende uma expectativa de que aquela seja a pessoa da sua vida.
Qual o objetivo desses exemplos? Perceber como evolui o pensamento em relação à isso. Na maturidade se apaixonar é uma arte, pois exige um talento incrível de driblar todos os questionamentos que surgem na cabeça, fruto de anos e anos de experiências boas e ruins. Se na descoberta do amor o sentimento se basta, mais adiante ele tem que ser praticado, e com intensidade. Com as inúmeras práticas vem a necessidade de se conter e ser cauteloso, não é permitido se entregar. As pessoas ficam tomadas por uma prioridades insensatas, como o orgulho, a necessidade de autoafirmação, a busca desmedida pelo prazer, o preconceito, o medo de se prender, e enfim, tudo o que esteja relacionado com a zona de conforto do indivíduo. As pessoas começam a extrapolar o óbvio, duvidar daquilo que está nítido aos olhos, sabe Deus pra quê, eu continuo votando que é pra gerar emoção. Com emoção é muito mais divertido, pra que seguir o caminho mais racional da coisa? Vejam inúmeras situações escrotas (todas estão, aliás, descritas no texto anterior “Auto-análise”) que têm significdos óbvios. As pessoas distorcem os fatos e conseguem sofrer com eles, antes e depois de sucederem, diga-se de passagem.
Mas nada disso é por mal. Convenciona-se que as mulheres o fazem por otarice (minha experiência de vida me torna suficientemente qualificada para criar um substantivo relativo à otário), e os homens, por malandragem. Será? (tá vendo como o ser humano distorce e duvida de coisas óbvias?rsrs)
E aí, meus caros...começa uma sucessão de coisas que só contribuem pra eu construir muuuitos castelos imaginários (numa linha de produção praticamente, dá pra superar Jacarepaguá com os condomínios)....Castelo surgiu de uma piada interna que eu e minhas amigas (todas na mesmíssima situação) da faculdade fizemos, sobre a capacidade que nós temos de transformar qualquer historinha de ponto de ônibus em conto de fadas, que necessariamente tem que ter, um puta castelo onde pessoas serão felizes para sempre. E aí a cada investida rola a construção de um novo castelo. Devo dizer que superei Walt Disney nos últimos 2 anos.
Ocorre que quando chegamos nesse estágio, acontece de tudo. Quer ver como começam as construções de castelos a partir dos exemplos que citei lá em cima?
Aí a criatura já está madura. Uma mulher linda, independente, bem sucedida, divertida, super descolada. Agora que já tem um diplomazinho nas mãos, e um emprego satisfatório, rola começar a busca pelo homem da sua vida. Você domina completamente os seus sentimentos, está pronta pra isso. Até que...
Sabe o rapazinho que jogava basquete na 8ª série? Então...ele reapareceu, virou atleta profissional e está mais gato que nunca. Ele poderia ter todas as mulheres do mundo, mas quer você, de quem ele foi o primeiro amor. Meu DEEEUS, mas é um prato cheio pra virar conto de fadas. Até você descobrir que o cara ia jogar no exterior, onde tem uma noiva e 2 filhos com uma ex mulher, além da amante. O castelo foi construído pela empresa do Sérgio Naya, fato.
Ok, você se recompôs depois de muita sessões de chocolate+sorvetes+Celine Dion. Pronta pra outra. Só espera não ser outra assim. Tolinha...
Você vai fazer auditoria em uma grande multinacional de produtos químicos, e quem é o responsável técnico da parada? Sim, o boçal quebrador de cocos com síndrome de Eric, da época da faculdade. Cacete!! Ele surpreendentemente amadureceu, bebe com moderação, é super responsável , abandonou os cocos, e o Eric...bem, esse continua presente, mas só em miniaturas. E claro, está ainda mais gato!! E te convidou pra almoçar! Você conseguiu perceber um brilho no olhar dele enquanto te via! Na verdade, você viu a cena toda se passar em slow motion, logo antes de se ver subindo no altar e dando entrevista pro Globo Repórter fazer um programa sobre casais extremanente bem sucedidos que conseguem conciliar o sucesso estupendo dos dois! Pronto, querida, mais um castelo. Mas esse quem construiu foi a Kibon, não chegava a ser de areia, mas os palitinhos não resistiram aos ventos de sumiço do cara. “Surtado”, é a mínimo que você pensa. Na semana passada eu era a mulher da vida dele. Agora ele sumiu, absolutamente. Não tem explicação, minha filha. Possivelmente ela virá quando você atingir o próximo estágio.
Enfim, o fato é que EUZINHA aqui estou naquele último estágio apresentado. Paixãozinha é o cacete, namoradinho de 3 meses nem fudendo, eu quero mesmo é encontrar O CARA. Não, eu não cheguei à essa brilhante conclusão sozinha, a minha terapeuta dise isso pra mim, com essas palavras, depois de eu ter termindo de contar os acontecimentos amorosos daquela ultima semana (movimentadíssima, e produtividade 0%). E ela me convenceu. E eu não acho que O CARA seja inatingível...Não deve ser muito difícil ser inteligente, divertido, gentil, gostar de crianças, ser fiel e bem resolvido! Ahn...ok, é inatingível! hahahaha...Vamos flexibilizar em alguns aspectos pra aumentar as chances...
Mas mais que flexibilizar, vamos fortalecer a base dos castelos. Fica muito difícil o castelo vingar se você mesmo não acredta nele. Vamos construí-los mais lentamente, sem pressa de que fiquem prontos, nem com a pretensão de que fiquem perfeitos. Castelo bom é aquele que está sempre em construção e aperfeiçoamento. Não precisa achar que a pessoa perfeita tem como obrigação corresponder às suas expectativas, mas abra os olhos e o coração pra perceber que existe uma pessoa que talvez não seja assim tão perfeita, mas que quer o mesmo que você! O castelo pode – e deve!- ser construído pelos moradores, e pra isso, é preciso que ambos o desejem fortemente.
A teoria é super bonita. Eu sigo achando que não sou uma artista. Não tenho talento pra me apaixonar, de fato. Talvez me sobre talento pra enxergar o que não existe, ou pra fazer escolhas mal feitas (tipo, muuuitas). E não é que me falte talento pra enxergar o que de fato é o meu castelo...talvez eu esteja ganhando a formação necessária para quando chegar a hora de construir o meu, nós dois estejamos preparados.
E que isso ocorra antes dos 30, pelamordedeus!!! Não vou suportar usar cremes anti-sinais sem ter ninguém pra me zuar por isso...
Apresentação...né?!
Sábado à noite. Na verdade, já é domingo, o que torna a coisa ainda mais patética. Está um calor insuportável e os mosquitos pensam que eu faço parte da merda do buffet. Elton John canta pra umas 30 mil pessoas, e eu não sou uma delas. Mas ok, tenho andado escrevendo tanto que cheguei à conclusão de que era um desperdício rir sozinha das minhas próprias cretinices...seria no mínimo...egoísta da minha parte. E é por isso que a partir de hoje, LOGO HOJE, decidi externar todas as coisas mais bizarras que me vêm à cabeça (acreditem, não são poucas!Não mesmo!) e principalmente as insanidades que me acontecem (dizem por aí que só acontecem comigo, então deve valer a pena postar...). Então, é isso! Enjoy!
Assinar:
Postagens (Atom)