Véspera de feriado. Plena segunda-feira. Levanta a mão quem tá afim de trabalhar? Pois é...Aí decido eu compartilhar essa alegria de viver com uma das minhas queridas amigas:
“Bom diaaaa(hipocrisia³)!!! Se vc já deu bom dia pro sol, ponto pra vc!!Se vc já deu bom dia pro bem-te-vi infernizando na sua janela, ponto de novo pra vc! (aliás, no meu caso, se vc tem uma janela pra um bem-te-vi te infernizar, vc já tem mil pontos à minha frente. Isso aqui me faz sentir que trabalho dentro de um ácaro gigante, que se alimenta de esporos de Aspergillus nigrus, além de claustrofóbica, é claro). Mas principalmente, se vc está muuuuito contente de estar trabalhando num dia como hoje, considere-se uma pessoa com elevação espiritual superior e bata palmas! (brincadeira não bata palmas aí e nem em lugar nenhum, sozinho, ou acompanhado, pois sua elevação vai parecer retardamento).
Então é isso, essa curta mensagem de otimismo pela manhã, eu escrevo para dividir com vc querida amiga, a minha sensação supra-sumo da realização por estar aqui neste dia, enquanto espirro a cada letra que teclo, com um olho fechado e outro aberto pq to com crise de enxaqueca tipo hemicrania, e pra melhorar tenho que ficar aqui torcendo pra não ter nenhum piriri no meio do dia, e especialmente no ônibus indo embora, né.”
Vida feliz essa! A bonita me responde com uma mensagem de reflexão, daquelas que começam comoventes tipo “se vc se sente só....(imagem triste)...abandonado pelo mundo...(imagem mais triste) ...sem amigos nem companhia...(imagem pra suicídio)...PORRA, VÁ DAR UM PASSEIO NA PRAÇA DA SÉ, QUE VC LOGO SE SENTE EM CASA!!”.
Pausa. Isso seria relevante num dia comum, MASSS...não hoje. Então ela me inspirou vários pensamentos degradantes e a trabalhar ouvindo música, mas eu acho que fui infeliz na escolha. Se liga na tréplica:
“Me sinto inspirada. Depois do seu email sobre a praça da Sé então, mal caibo em mim de tanta vontade de transcrever as idéias estapafúrdias (isso, e com palavras difíceis) que me vêm à mente. Tipo, junta aí uma enxaqueca insuportável( já falei dela hoje?acho que não né...), + um mal estar que me tira o apetite (não posso comer pra me distrair...), + segunda-feira+segunda-feira véspera de feriado trabalhando com esse tempo pró-cama+a simples dor de existir. Aííííí...pra ajudar a pessoa resolve abrir a temporada “Love Metal ‘cause metal is the Law!!” pra poder trabalhar ouvindo música pelo último dia. Olha que ótima idéia.
O repertório começa com “I don’t want to miss a thing”. Eu sei que ninguém precisa saber as visões de Raven que me vieram na hora, mas eu tenho a necessidade de partilhar, dá licença? Óóóóbvio que imaginei a criatura lá dormindo, possivelmente roncando, e eu lá parada babacamente observando. Claro, essa é a parte do “I could stay awake...to heeeear you breeeeathiiiing...” (“breathing” merece aspas particulares, darling. Ainda mais se ele tem asma.)aí continua por “...watch your smile while you are sleeping...while your far away and dreaming…” claro…depois de dar umazinha bem dada ele dorme, só vc que fica acordada igual a uma imbecil observando a satisfação dele. Far away? Possivelmente em outro estado. Não preciso dizer qual é, né. Ou então tá sonhando que quando ele acorda eu virei uma pizza. Aí...a melhor parte...”I could spend my life...in this sweeeeeeet (hã?) surreeender….”Cara. I “could”? sweet”? hã???? Cara, eu já passo a vida nessa merda. Desde sempre. Afinal, quando se conta em "anos" já é uma vida. E a parte do sweet a gente ignora, pq pra mim é tudo muito sour. Só existe uma coisa que é sweet nessa história, e é por ela ser sweet de ter tanto mel que eu spend my life in the fuc*¨&%&g surrender! Mas deixa isso pra lá pq só de lembrar eu to quase largando esse email pela metade e indo digitar uma mensagenzinha!!
Ok,ok...graças a Deus a onda Aerosmith acabou antes do meu Armagedon mental acontecer. Eis que depois da minha playlist me enganar com uma musiquinha animada que é “It’s my life” (isso mesmo...lembranças das baladas em sampa...dancinha pro vocalista da bandinha...”my heart is like an open highway...k-o...etc), começa..nada menos que “Always”. Foi só comigo ou mais alguém teve um Dèjá vu???parece que a porcaria do troço só se empenha em me massacrar com a mensagem “sempre, minha filha.,...sempre vai assim, pq vc always vai estar aí pra ele...”. Sério, o que é o trecho "and IIIII...will looove yoooou...bêibeeeeee....aaaaalwayyyyssss...”?É pra estar em casa tomando Haagen Darz de 1L direto do pote, colocando metade de um frasco de cobertura de chocolate em cada colherada, de pantufas e pijama de bichinho, pingando sorine pq meu nariz já entupiu completamente de tanto que eu soluçar. Sério, kd a janela??? Vou abrir um chamado e pedir uma janela só pra mim, só que direto no chão!!
Enfim depois de permanecer alguns instantes absorta em meus pensamentos idiotas, o arremate final. “I’ll be there for you”. Não...de quem foi a p*** da idéia??
Olha só que coisa: “ I guess this time you’re really leaving...”. Você acha mesmo que ele pensa isso? Pensa naaaaada! Até pq depois ele diz “I’ll be there for you...these 5 words I swear to you”. Ou seeeejammmm....se quiser, pode vir que eu to facinho!! E o pior!! A recíproca é verdadeira!!! Mas assim....Pq essa musica tem que colocar esse tipo de idéia na minha cabeça?? Será que é pq fui eu quem baixou e a colocou pra tocar?
....E vc ainda acha uma boa me enviar um outro email da praça da Sé??”
E vc aí???ainda vai tecer aquele seu comentário escroto sobre a minha dor de cotovelo assumida?? :S
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Holter 24 horas
Um título desse sugere algo entre Grey's Anatomy e Jack Bauer, certo? Tsc...
Bom...não sei como passar este dia sem partilhar algumas mensagens de carinho e fraternidade com as minhas queridas amigas de curral. Se bem que, a palavra “mensagem”, nesse momento, produz o primeiro desvio dos meus batimentos que estão sendo registrados nesse aparelhinho de holter, meu fiel companheiro pelas próximas 24h. Explico.
Hoje eu me programei pra fazer meus exames de tira-teima, aqueles que toda vez que eu to ansiosa demais acho que to tendo sintomas de infarto e decido fazer check-up pra voltar a ser feliz (correção: pseudo-feliz, claro). Tava bem-humorada, e possivelmente sendo motivo de piada (give it a damn) por que estava lendo “Mulé é um bicho burro mermo”, com a capa em pé na minha cara pra toda a sala de espera ver. O máximo, não? Eu ria copiosamente enquanto lia algo sobre conflito de interesses numa relação, sobre a vaidade que faz as pessoas terem atitudes absurdas, essas coisas. E ria, ria muito, confirmando aquela coisa de que “um dia eu ainda vou rir de tudo isso!”. Mas como cantava Ana Carolina na JB nesse exato momento, “Tudo paaassa....”.
Vi a luzinha de mensagem piscando no meu celular (pequeno parêntese:tem sensação boa mais besta que essa?É uma felicidade extrema ver que rolou uma mensagenzinha! Fecha parêntese.) rementente: "Bebê*", às 8h32. (parêntese 2:pra que manter na agenda o nome carinhoso do indivíduo?já é absurdo ele continuar na minha agenda, com esse pseudônimo de 4 letras que na verdade se traduz em esse-é-o-meu-amigo-fofo-que é-lindo-e-me-come-de-vez-em-quando.Aff!!!um complemento ideal seria "e-que-apareceu-namorando-10-dias-depois-de-nós-sairmos-pela-última-vez". É, isso mesmo.). Saca qual foi a da mensagem:
“bom dia cabeça (isso às 8h30 de hoje. Sentiu a retribuição do apelido carinhoso que eu dei a ele?hã?hã?). Vou comprar Aerolin, é melhor que Berotec,né"
...
Pausa. Reflexão. Esperar para que a vontade de cometer um homicídio doloso suma do seu peito.
Pensei.
Não acredito que essa pessoa tá me perguntando isso, pqp.
Eu sei que no meu juramento eu disse que ia dar assistência farmacêutica no matter what, mas MEEEEEU!
Eu preciso mesmo receber uma mensagem dessa, numa situação dessa????? (contextualizando: ele relatou uma crise de asma mês passado, que logicamente ele usou como desculpa pra não me com... digo, não sairmos nesse dia. E aí ele me disse que tava tomando Berotec e tava bolado por ter ficado com taquicardia, então eu disse que já era pra ter trocado por, no mínimo, Aerolin, que era mais seletivo e por isso daria menos esse efeito. Como estávamos no MSN, imagino ele dormindo nesse momento, com o Charlie Brown Mode [ON]. De volta à situação. )
Respirei e recobrei meu juízo, nunca se sabe quando um psicopata pode querer te denunciar pro conselho federal. Respondi, educadamente (ou não tanto): "Pode ser melhor sim, de qualquer forma, sempre consulte o seu médico"
E esse é o momento em que eu assumo a posição do cafa que dá respostas ambíguas mas que ninguém pode dizer que vc foi grossa!eu não fui grossa, senão toda propaganda da medicamentos seria grossa tb! Eu só repeti os dizeres que a Anvisa obriga a gente a dizer! Esperava de fato que não fosse receber uma resposta. masssss...a vida não é assim tão bonita. Nem fácil. Ele responde:
(respira fundo pra resposta)
"tá bolada comigo não, né?"
Bom...por onde começar? Ainda bem que nesse momento eu ainda não estava com o meu Holter em mim, nem quero saber como foram meus batimentos nessa hora. Antes que vocês esperem muito, não, eu não respondi. Mas confesso que rolou uma dúvida. Oscilações entre momentos de burralda orgulhosa e burralda-burralda. Pensei em responder ironicamente dizendo “oh. Imagina. Nem tenho motivo pra isso.” ou ainda somente um “será? E pra que vc quer saber?" Só que já ciente de que uma linha mega tênue separa um fora de um pedido de casamento quando se trata de uma relação cafa-burralda, preferi silenciar. Pensei na possibilidade dele ter mandado essa só pra puxar assunto e sentir se eu tô puta da vida ou não, ou mesmo pra saber se eu sei que ele tá amarrado ou não (aliás, em nome de Jesus, por que encosto tem mais que é que ficar amarrado mesmo!). Mas cara...nesse momento eu fui chamada pra colocar esse monte de fios que captam cada onda que sai do meu coraçãozinho. Então pensei...se eu responder, ele vai vir com aquele álibi ridículo de que eu também fiz isso quando comecei a namorar e estávamos saindo (isso mesmo, um circulo vicioso muito do besta). Não sei qual parte ele ainda não entendeu que eu não fiz isso do nada em nenhuma das vezes, por que a burrica sempre começou aquele conversê dizendo que iria se afastar dele “por que nós queremos coisas diferentes”. Mas ele é cafa, e todo cafa profissa que se preze tem que ter argumento pra tudo. Esses então, que como ele, têm reconhecimento de autenticidade em cartório (aliás, ele deve ter firmas reconhecidas por todo o país, diga-se de passagem), conseguem convencer até a si mesmos que tinham a melhor das intenções. Blé. Nojinho...
Então pensando numa possível alteração no resultado do meu exame por uma causa tão sem causa, eu aboli a resposta. Caso ele de fato queira saber se eu fiquei “boladinha” com ele, que pergunte depois. Lógico que ele só iria querer saber pra ter certeza de que se esse conto de fadas que a namoradinha dele tá vivendo (veja bem[1]: ELA está vivendo ; veja bem [2]:não estou, de forma alguma torcendo pra isso pro espaço. Prefiro mesmo é que essa cidadã consiga converter um cafa, cacilda!!) for pro espaço, ele vai ou não poder voltar pro jardim dele. Afinal, “borboletas sempre voltam, e o seu jardim sou eu”.
Depois disso tudo isso fui informada na sala de exames que eu teria que ficar 24 horas sem tomar banho e registrando todo o tipo de atividade que eu fizesse, emoçoes e aborecimentos. Quase que eu falei, "ô filhinha...tem um diário aí não?? uma folha é uma piada pra mim!". Mas o grande lance é encarar essas longas 24h numa boa, e torcer pra não receber mais mensagens pseudo-inocentes e e-mails esdrúxulos do judas-surdo(ih...esse é papo pra um outro post..mas vai lendo esse das burraldas pra saber os conceitos básicos.)
Agora, não vou fazer a clássica pergunta “meninas, mas me digam aí, eu mereço??” Por que sei que no fundo, eu devo merecer sim. Eu devo ter sido um belo dum encosto pra um monte de otárias na minha vida anterior, ou quem sabe eu fui a madrasta da Cinderela,Cruella DeVil, sei lá. Já pensei até na possibilidade de eu ter sido um homem, mas aquele puta-mega-cafa com carimbo e crachá. Se for, valeu aí pessoal, já aprendi a lição, dá pra aliviar minha barra agora? Enfim, a vida é essa aí, e a luta continua companheiras!
*rolou pseudônimo pro apelido, até pq tudo nessa vida é pseudo mesmo!
Bom...não sei como passar este dia sem partilhar algumas mensagens de carinho e fraternidade com as minhas queridas amigas de curral. Se bem que, a palavra “mensagem”, nesse momento, produz o primeiro desvio dos meus batimentos que estão sendo registrados nesse aparelhinho de holter, meu fiel companheiro pelas próximas 24h. Explico.
Hoje eu me programei pra fazer meus exames de tira-teima, aqueles que toda vez que eu to ansiosa demais acho que to tendo sintomas de infarto e decido fazer check-up pra voltar a ser feliz (correção: pseudo-feliz, claro). Tava bem-humorada, e possivelmente sendo motivo de piada (give it a damn) por que estava lendo “Mulé é um bicho burro mermo”, com a capa em pé na minha cara pra toda a sala de espera ver. O máximo, não? Eu ria copiosamente enquanto lia algo sobre conflito de interesses numa relação, sobre a vaidade que faz as pessoas terem atitudes absurdas, essas coisas. E ria, ria muito, confirmando aquela coisa de que “um dia eu ainda vou rir de tudo isso!”. Mas como cantava Ana Carolina na JB nesse exato momento, “Tudo paaassa....”.
Vi a luzinha de mensagem piscando no meu celular (pequeno parêntese:tem sensação boa mais besta que essa?É uma felicidade extrema ver que rolou uma mensagenzinha! Fecha parêntese.) rementente: "Bebê*", às 8h32. (parêntese 2:pra que manter na agenda o nome carinhoso do indivíduo?já é absurdo ele continuar na minha agenda, com esse pseudônimo de 4 letras que na verdade se traduz em esse-é-o-meu-amigo-fofo-que é-lindo-e-me-come-de-vez-em-quando.Aff!!!um complemento ideal seria "e-que-apareceu-namorando-10-dias-depois-de-nós-sairmos-pela-última-vez". É, isso mesmo.). Saca qual foi a da mensagem:
“bom dia cabeça (isso às 8h30 de hoje. Sentiu a retribuição do apelido carinhoso que eu dei a ele?hã?hã?). Vou comprar Aerolin, é melhor que Berotec,né"
...
Pausa. Reflexão. Esperar para que a vontade de cometer um homicídio doloso suma do seu peito.
Pensei.
Não acredito que essa pessoa tá me perguntando isso, pqp.
Eu sei que no meu juramento eu disse que ia dar assistência farmacêutica no matter what, mas MEEEEEU!
Eu preciso mesmo receber uma mensagem dessa, numa situação dessa????? (contextualizando: ele relatou uma crise de asma mês passado, que logicamente ele usou como desculpa pra não me com... digo, não sairmos nesse dia. E aí ele me disse que tava tomando Berotec e tava bolado por ter ficado com taquicardia, então eu disse que já era pra ter trocado por, no mínimo, Aerolin, que era mais seletivo e por isso daria menos esse efeito. Como estávamos no MSN, imagino ele dormindo nesse momento, com o Charlie Brown Mode [ON]. De volta à situação. )
Respirei e recobrei meu juízo, nunca se sabe quando um psicopata pode querer te denunciar pro conselho federal. Respondi, educadamente (ou não tanto): "Pode ser melhor sim, de qualquer forma, sempre consulte o seu médico"
E esse é o momento em que eu assumo a posição do cafa que dá respostas ambíguas mas que ninguém pode dizer que vc foi grossa!eu não fui grossa, senão toda propaganda da medicamentos seria grossa tb! Eu só repeti os dizeres que a Anvisa obriga a gente a dizer! Esperava de fato que não fosse receber uma resposta. masssss...a vida não é assim tão bonita. Nem fácil. Ele responde:
(respira fundo pra resposta)
"tá bolada comigo não, né?"
Bom...por onde começar? Ainda bem que nesse momento eu ainda não estava com o meu Holter em mim, nem quero saber como foram meus batimentos nessa hora. Antes que vocês esperem muito, não, eu não respondi. Mas confesso que rolou uma dúvida. Oscilações entre momentos de burralda orgulhosa e burralda-burralda. Pensei em responder ironicamente dizendo “oh. Imagina. Nem tenho motivo pra isso.” ou ainda somente um “será? E pra que vc quer saber?" Só que já ciente de que uma linha mega tênue separa um fora de um pedido de casamento quando se trata de uma relação cafa-burralda, preferi silenciar. Pensei na possibilidade dele ter mandado essa só pra puxar assunto e sentir se eu tô puta da vida ou não, ou mesmo pra saber se eu sei que ele tá amarrado ou não (aliás, em nome de Jesus, por que encosto tem mais que é que ficar amarrado mesmo!). Mas cara...nesse momento eu fui chamada pra colocar esse monte de fios que captam cada onda que sai do meu coraçãozinho. Então pensei...se eu responder, ele vai vir com aquele álibi ridículo de que eu também fiz isso quando comecei a namorar e estávamos saindo (isso mesmo, um circulo vicioso muito do besta). Não sei qual parte ele ainda não entendeu que eu não fiz isso do nada em nenhuma das vezes, por que a burrica sempre começou aquele conversê dizendo que iria se afastar dele “por que nós queremos coisas diferentes”. Mas ele é cafa, e todo cafa profissa que se preze tem que ter argumento pra tudo. Esses então, que como ele, têm reconhecimento de autenticidade em cartório (aliás, ele deve ter firmas reconhecidas por todo o país, diga-se de passagem), conseguem convencer até a si mesmos que tinham a melhor das intenções. Blé. Nojinho...
Então pensando numa possível alteração no resultado do meu exame por uma causa tão sem causa, eu aboli a resposta. Caso ele de fato queira saber se eu fiquei “boladinha” com ele, que pergunte depois. Lógico que ele só iria querer saber pra ter certeza de que se esse conto de fadas que a namoradinha dele tá vivendo (veja bem[1]: ELA está vivendo ; veja bem [2]:não estou, de forma alguma torcendo pra isso pro espaço. Prefiro mesmo é que essa cidadã consiga converter um cafa, cacilda!!) for pro espaço, ele vai ou não poder voltar pro jardim dele. Afinal, “borboletas sempre voltam, e o seu jardim sou eu”.
Depois disso tudo isso fui informada na sala de exames que eu teria que ficar 24 horas sem tomar banho e registrando todo o tipo de atividade que eu fizesse, emoçoes e aborecimentos. Quase que eu falei, "ô filhinha...tem um diário aí não?? uma folha é uma piada pra mim!". Mas o grande lance é encarar essas longas 24h numa boa, e torcer pra não receber mais mensagens pseudo-inocentes e e-mails esdrúxulos do judas-surdo(ih...esse é papo pra um outro post..mas vai lendo esse das burraldas pra saber os conceitos básicos.)
Agora, não vou fazer a clássica pergunta “meninas, mas me digam aí, eu mereço??” Por que sei que no fundo, eu devo merecer sim. Eu devo ter sido um belo dum encosto pra um monte de otárias na minha vida anterior, ou quem sabe eu fui a madrasta da Cinderela,Cruella DeVil, sei lá. Já pensei até na possibilidade de eu ter sido um homem, mas aquele puta-mega-cafa com carimbo e crachá. Se for, valeu aí pessoal, já aprendi a lição, dá pra aliviar minha barra agora? Enfim, a vida é essa aí, e a luta continua companheiras!
*rolou pseudônimo pro apelido, até pq tudo nessa vida é pseudo mesmo!
terça-feira, 18 de maio de 2010
O tempo é cruel?
Eis a questão. O tempo é o mais famoso e consagrado leva e trás. É alvo de uma luta constante, as mulheres querem apagar os sinais físicos e os homens nem deixam os sinais mentais aparecerem (hehe, brincadeirinha, não podia deixar de ter uma alfinetadazinha de leve). O tempo me faz pensar, hoje, na forma como eu o aproveito, estando claro para mim que ele é limitado, ao menos para esta existência.
Ele te trás experiência, mas leva o vigor físico. Te leva a inocência, mas te deixa menos sonhador. Quanto mais ele passa, menos você o detém. E ele não gosta de voltar atrás. A cada dia precisamos cada vez mais dele, pedimos dias de 48h, curtimos menos as coisas mais simples, vivemos à base da pressa, à base do “deixa pra amanhã, por que hoje não vai dar tempo”, e quando você pensa no seu dia, vê que na prática não aconteceu nada, só por e-mail ou MSN. Mandamos e-mails por que é mais prático, por isso vemos e falamos menos com as pessoas, resolvemos “coisas” via MSN por que não nos exige colocar a cara à tapa. As relações impessoais crescem, a troca de gentilezas diminui. E como “gentileza gera gentileza”, a coisa anda ficando escassa. As pessoas são cada vez menos marcantes na vida umas das outras, claro, mal há tempo para se trocar um olhar que dirá um gesto. E paradoxalmente as pessoas têm conseguido encontrar dentro de si a frieza necessária para tirar uma vida da forma mais rápida e irracional possível (se é que se pode dizer que há forma racional de fazê-lo), tornado-se assim, muito marcantes na vida dos que perderam mais alguém. Mas esse não é o foco no momento.
Segunda-feira. Ninguém gosta, claro. Há uma onda de depressão Express durante o anúncio do Fantástico, que se estende até aquela manhã especialmente cinzenta, sem-graça, sem ânimo, e com muito, mas muito trânsito. É a própria descrição do inferno astral semanal de cada um. Então você entra no ônibus (quando consegue, claro) e olha “pros córnos” do motorista, balbucia um bom dia por educação e entra, dando uma leve bufadinha quando passa na roleta (aliás, já reparou que a maioria das pessoas torce a boca pra passar na roleta??repara só!)e cata um canto pra sentar. Todo mundo detesta sentar no corredor por que fatalmente o ônibus vai encher e vai ter alguém ou sentando, ou apoiando 3 sacolas no seu ombro. Fora as bonitas que andam com aquele Mega Hair e ficam chicoteando ele, na sua cara. Isso por que você já se conformou (espero) de que vai chegar atrasado e entrar no cheque-especial do seu banco de horas. Demais, né?
Aí você entra, já com cara de poucos amigos, passa a frente do coleguinha pra bater o ponto e nessa “acidentalmente” bate a porta na cara dele, não precisa nem mencionar que não rolou um “ bom dia”. E assim o dia se arrasta, até a hora em que finalmente você pode voltar pra casa e esperar um restante de semana melhor.
Que tal reescrever esse dia?
Segunda-feira. Beleza, ninguém gosta, mas seria interessante se cada um procurasse fazer uma coisa mínima para tornar o dia do outro um pouco diferente. Primeiro de tudo:se te deprime, evite assistir o Fantástico, pelo menos não em casa, sozinho. Vá ao cinema, passeie na praia com alguém que você gosta muito, ria à toa com seus familiares, coma alguma besteira que você gosta muito, beba um bom vinho e vá dormir (não vale usar Vinho+Valium). Isso pra não mencionar opções mais convidativas, que variam de acordo com a particularidade de cada um, o importante é fazer algo que se goste muito. A semana já começa diferente.
Você pode olhar pra cara do motorista e dizer bom dia de verdade (sem, é claro, aquele ar de “Polyanna-bom dia,flor do dia!” que ninguém acha sincero), mas de fato, desejar que o cara tenha um bom dia. Você detesta andar naquela merda lotada pra ir e voltar, ele tem que andar quase o dia inteiro. Aí você senta, se puder. Conseguiu a janela? Beleza, não conseguiu? Se o coleguinha parar e quiser fazer você de puff, ofereça para segurar a bolsa dele. Garanto que isso vai deixar ele um pouquinho mais educado, e menos irritado de estar em pé. Coloca seu mp3 no ouvido e vai, relaxa, todo mundo já sabe que você vai chegar atrasado, e quem não sabe é por que chega ainda depois de você. Aí na hora de você bater o ponto a moça da limpeza tá tentando virar polvo pra abrir a porta e carregar o carrinho. Abra a porta pra ela e dê bom dia. Se pelo menos o seu dia não for melhor, o dela será.
Por que começar a falar do tempo pela segunda-feira? O fato é que cada vez mais a semana passa rápido, talvez por já começar num dia que 90% das pessoas desejam profundamente que se vá logo. E aí quando você percebe já é terça e você não marcou seu médico, é quarta e você ainda não comprou o presente de casamento do seu amigo, na quinta nada de levar seu carro pra revisão, sexta feira...pô, sexta- feira péra lá, é dia de chopp!(disso todo mundo lembra...rsrs)E aí no sábado você tem um casamento, um aniversário e ainda por cima marcou de levar seus sobrinhos ao cinema. Depois que você se deu conta de que não conseguiu fazer nenhuma das 3 coisas que tinha pra fazer, vai dormir puto da vida, pra passar o domingo “daquele jeito” (semana baseada em fatos reais).
E assim o tempo foi passando, e a razão entre os “sim” e “não” eu você disse à convites de amigos é bem menor que 1, quando não tende a zero. As coisas foram acontecendo e você não viu quase nenhuma de perto, quase não se emocionou, não trocou experiências, não ajudou ninguém, não teve coragem de dizer o que sentia de verdade, e ficou aí, se arrependendo do que não fez...
Me dei conta disso tudo dia desses, observando certas coisas. Um amigo que não vejo há muito colocou no Orkut a frase “aaaah! Monografia!!”, e me assustei, por que foi quase ontem que ele começou a faculdade. E percebi que não acompanhei isso com ele por que sempre achava que não havia tempo para estarmos juntos e fazermos as coisas simples de sempre. Quando comentei isso ele retrucou (como sempre, sabiamente):” é.... e a minha calvície cada vez mais se aproxima.... tem coisa mais cruel que o tempo? ... ai q saudades dos tempos de torta na cara...rs “.O mesmo vale para uma amiga que me convidou para ser madrinha de casamento dela há mais de 8 meses, e pasme, até hoje não nos encontramos, nem no chá de panela, e quando dei por mim o casamento é daqui a 3 dias. Tinha um casal que vivia me convidando pra ir fazer trilha ou Paint Ball com eles, e eu sempre achando que não dava, sendo que agora eles se separaram e pode ser que demore pra eu ter essa oportunidade de novo. Enfim, aí surge uma fila de “etc, etc...”
Não vou encerrar este texto com um clichê, até por que eu não concordo com a maioria deles. Não viva cada dia como se fosse o último, por que se realmente fosse e você tivesse essa certeza, isso te tiraria o juízo e você faria um monte de merda. Viva a cada dia com a intenção de tornar o seguinte melhor ainda, é assim que se aprende a valorizar a vida, e no dia em que for de fato o último você vai saber que fez o melhor. Fugir das oportunidades pode diminuir sua chance de se dar mal, mas diminui igualmente a de se dar bem, sendo que em qualquer das duas situações há aquisição de aprendizado, e isso não tem preço. Na verdade, as coisas que realmente ficam não têm preço, a não ser o que se paga por deixá-las escapar...
Ele te trás experiência, mas leva o vigor físico. Te leva a inocência, mas te deixa menos sonhador. Quanto mais ele passa, menos você o detém. E ele não gosta de voltar atrás. A cada dia precisamos cada vez mais dele, pedimos dias de 48h, curtimos menos as coisas mais simples, vivemos à base da pressa, à base do “deixa pra amanhã, por que hoje não vai dar tempo”, e quando você pensa no seu dia, vê que na prática não aconteceu nada, só por e-mail ou MSN. Mandamos e-mails por que é mais prático, por isso vemos e falamos menos com as pessoas, resolvemos “coisas” via MSN por que não nos exige colocar a cara à tapa. As relações impessoais crescem, a troca de gentilezas diminui. E como “gentileza gera gentileza”, a coisa anda ficando escassa. As pessoas são cada vez menos marcantes na vida umas das outras, claro, mal há tempo para se trocar um olhar que dirá um gesto. E paradoxalmente as pessoas têm conseguido encontrar dentro de si a frieza necessária para tirar uma vida da forma mais rápida e irracional possível (se é que se pode dizer que há forma racional de fazê-lo), tornado-se assim, muito marcantes na vida dos que perderam mais alguém. Mas esse não é o foco no momento.
Segunda-feira. Ninguém gosta, claro. Há uma onda de depressão Express durante o anúncio do Fantástico, que se estende até aquela manhã especialmente cinzenta, sem-graça, sem ânimo, e com muito, mas muito trânsito. É a própria descrição do inferno astral semanal de cada um. Então você entra no ônibus (quando consegue, claro) e olha “pros córnos” do motorista, balbucia um bom dia por educação e entra, dando uma leve bufadinha quando passa na roleta (aliás, já reparou que a maioria das pessoas torce a boca pra passar na roleta??repara só!)e cata um canto pra sentar. Todo mundo detesta sentar no corredor por que fatalmente o ônibus vai encher e vai ter alguém ou sentando, ou apoiando 3 sacolas no seu ombro. Fora as bonitas que andam com aquele Mega Hair e ficam chicoteando ele, na sua cara. Isso por que você já se conformou (espero) de que vai chegar atrasado e entrar no cheque-especial do seu banco de horas. Demais, né?
Aí você entra, já com cara de poucos amigos, passa a frente do coleguinha pra bater o ponto e nessa “acidentalmente” bate a porta na cara dele, não precisa nem mencionar que não rolou um “ bom dia”. E assim o dia se arrasta, até a hora em que finalmente você pode voltar pra casa e esperar um restante de semana melhor.
Que tal reescrever esse dia?
Segunda-feira. Beleza, ninguém gosta, mas seria interessante se cada um procurasse fazer uma coisa mínima para tornar o dia do outro um pouco diferente. Primeiro de tudo:se te deprime, evite assistir o Fantástico, pelo menos não em casa, sozinho. Vá ao cinema, passeie na praia com alguém que você gosta muito, ria à toa com seus familiares, coma alguma besteira que você gosta muito, beba um bom vinho e vá dormir (não vale usar Vinho+Valium). Isso pra não mencionar opções mais convidativas, que variam de acordo com a particularidade de cada um, o importante é fazer algo que se goste muito. A semana já começa diferente.
Você pode olhar pra cara do motorista e dizer bom dia de verdade (sem, é claro, aquele ar de “Polyanna-bom dia,flor do dia!” que ninguém acha sincero), mas de fato, desejar que o cara tenha um bom dia. Você detesta andar naquela merda lotada pra ir e voltar, ele tem que andar quase o dia inteiro. Aí você senta, se puder. Conseguiu a janela? Beleza, não conseguiu? Se o coleguinha parar e quiser fazer você de puff, ofereça para segurar a bolsa dele. Garanto que isso vai deixar ele um pouquinho mais educado, e menos irritado de estar em pé. Coloca seu mp3 no ouvido e vai, relaxa, todo mundo já sabe que você vai chegar atrasado, e quem não sabe é por que chega ainda depois de você. Aí na hora de você bater o ponto a moça da limpeza tá tentando virar polvo pra abrir a porta e carregar o carrinho. Abra a porta pra ela e dê bom dia. Se pelo menos o seu dia não for melhor, o dela será.
Por que começar a falar do tempo pela segunda-feira? O fato é que cada vez mais a semana passa rápido, talvez por já começar num dia que 90% das pessoas desejam profundamente que se vá logo. E aí quando você percebe já é terça e você não marcou seu médico, é quarta e você ainda não comprou o presente de casamento do seu amigo, na quinta nada de levar seu carro pra revisão, sexta feira...pô, sexta- feira péra lá, é dia de chopp!(disso todo mundo lembra...rsrs)E aí no sábado você tem um casamento, um aniversário e ainda por cima marcou de levar seus sobrinhos ao cinema. Depois que você se deu conta de que não conseguiu fazer nenhuma das 3 coisas que tinha pra fazer, vai dormir puto da vida, pra passar o domingo “daquele jeito” (semana baseada em fatos reais).
E assim o tempo foi passando, e a razão entre os “sim” e “não” eu você disse à convites de amigos é bem menor que 1, quando não tende a zero. As coisas foram acontecendo e você não viu quase nenhuma de perto, quase não se emocionou, não trocou experiências, não ajudou ninguém, não teve coragem de dizer o que sentia de verdade, e ficou aí, se arrependendo do que não fez...
Me dei conta disso tudo dia desses, observando certas coisas. Um amigo que não vejo há muito colocou no Orkut a frase “aaaah! Monografia!!”, e me assustei, por que foi quase ontem que ele começou a faculdade. E percebi que não acompanhei isso com ele por que sempre achava que não havia tempo para estarmos juntos e fazermos as coisas simples de sempre. Quando comentei isso ele retrucou (como sempre, sabiamente):” é.... e a minha calvície cada vez mais se aproxima.... tem coisa mais cruel que o tempo? ... ai q saudades dos tempos de torta na cara...rs “.O mesmo vale para uma amiga que me convidou para ser madrinha de casamento dela há mais de 8 meses, e pasme, até hoje não nos encontramos, nem no chá de panela, e quando dei por mim o casamento é daqui a 3 dias. Tinha um casal que vivia me convidando pra ir fazer trilha ou Paint Ball com eles, e eu sempre achando que não dava, sendo que agora eles se separaram e pode ser que demore pra eu ter essa oportunidade de novo. Enfim, aí surge uma fila de “etc, etc...”
Não vou encerrar este texto com um clichê, até por que eu não concordo com a maioria deles. Não viva cada dia como se fosse o último, por que se realmente fosse e você tivesse essa certeza, isso te tiraria o juízo e você faria um monte de merda. Viva a cada dia com a intenção de tornar o seguinte melhor ainda, é assim que se aprende a valorizar a vida, e no dia em que for de fato o último você vai saber que fez o melhor. Fugir das oportunidades pode diminuir sua chance de se dar mal, mas diminui igualmente a de se dar bem, sendo que em qualquer das duas situações há aquisição de aprendizado, e isso não tem preço. Na verdade, as coisas que realmente ficam não têm preço, a não ser o que se paga por deixá-las escapar...
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