sábado, 12 de fevereiro de 2011

Freud Explica

Mesmo de ressaca, a nossa mente é capaz de chegar a algumas conclusões úteis ocasionalmente. E foi nesse contexto que hoje, com 90% das minhas cognições de férias, que eu concluí que o nosso inconsciente é um filho da puta intrometido, que esse tal Freud incentivou a fazer motins de vez em quando. Vamos aos semi-fatos (ignorando detalhes, obviamente).
Despertei hoje por volta das 8h da manhã, sol a pino, boca seca e cabeça zonza. Computador enrolado pelo lençol caindo no chão e celular na mão. Segunda conclusão brilhante? “Puta que o pariu...fiz merda, na certa.” Levantei e fui beber dez litros de água pra ver se voltava ao menos a sentir minhas falanges. Vi a caixa de Nuggets, logo, rolou uma larica antes de eu conseguir ir pro banheiro, tomar banho, colocar a roupa pra lavar, passar removedor de maquiagem, colocar o anti-sinais noturno, creme dos pés, e guardar as minhas lentes devidamente. Ou seja, terceira conclusão brilhante: mesmo zêbada eu sou uma chata paranóica. Então não procurei entender por que diabos eu entrei na internet às 4 da manhã (fora o fato de ter alimentado meu pet no Vila Mágica...hehe), mas apenas comecei a tentar desfazer os gaps da minha memória. Comecei a crer que possivelmente me aproveitei do fato de eu estar praticamente volitando enquanto as moléculas de etanol assumiam o controle, e eu entrei no famoso momento telefone. E é nessa hora que eu evoco a cláusula [supressed comments] ou [scene missing] pra evitar qualquer fadiga adicional. Mas, para fins de gerar uma compreensão mínima por parte de quem se presta a ler isso, só lanço a seguinte hipótese para reflexão: imagina você, que defende com unhas e dentes que “existe amizade entre homem e mulher sim”, um dia decide ficar bebadaça e envia mensagens “convidativas” praquele amiguinho de longa data, que sabe de todos os seus rolos, dos quais você conhece algumas “peripécias”, etc? Super inteligente, não?
Dividindo o fato com minha querida amiga, ela ressaltou que tudo que tinha sido “manifestado” (eu a corrigi, dizendo que tava mais pra ter sido despejado, quase um momento catártico) deveria já existir aqui em algum lugar da minha pessoa, possivelmente, nesse meliante que é o inconsciente. Aí ele arma o circo e depois quem tem que colocar o leão de volta na jaula sou eu, né?? Manda agora Freud explicar, por que em mim ninguém vai acreditar...
Tendo agora que conviver com uma ressaca física e moral, chega o momento que o consciente temia: explicar pro dito-cujo o que foi aquele tsunami de informações que ele recebeu na madrugada anterior. Obviamente que a pessoa acha que é sacanagem, ou...fica fingindo que acha que é sacanagem pra ver até onde você insiste que não era sacanagem. OPA! Pára tudo!!! Detalhe 1: sacou que implicitamente eu já assumi que foi tudo parcialmente consciente?? Detalhe 2: olha o processo kármico aí...você passa anos revelando detalhes do universo feminino pro cara...dizendo como você se sente em relação a isso,”bã...”...e ele vai lá e usa contra você, da mesma forma. Ok, né...e você esperava que tipo de cumplicidade? Como se fosse parar por aí.
Fiz essa breve narrativa para que eu mesma pudesse visualizar tudo desde o principio, e recordar como as coisas conseguem chegar ao ponto que estão. Depois de finalmente aceitar a idéia de que existia em mim uma vontade de pegar um amigo, mesmo que velada a 7 chaves, pensava no quão estranho seria concretizar essa coisa toda. Pensava também no quão desocupada deve estar a minha mente, pois todos sabemos que “mente vazia é a oficina do diabo”. E isso só pode ter sido obra do demo.

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