Se você não
curte e acompanha futebol no Brasil, especialmente aqui no eixo RJ/SP, você
pode acreditar que vai ficar de fora de um monte de conversa de boteco, de
almoço de domingo, de segunda-feira de manhã. Mas isso é a única coisa que se
perde. Gostar de futebol dá trabalho. Exige muito emocional, financeira e
fisicamente. É um exercício de paciência, fé, tolerância, resignação. Tudo isso
é necessário pra aguentar um jogo tenso, a zuação dos rivais e os absurdos que
os que desconhecem a história do próprio time e do seu falam, acreditar que é
possível virar um jogo que está 4x0 fora de casa, comprar camisa oficial em 6x
no cartão, e mais uma série de coisas.
Futebol
desperta os sentimentos mais primitivos nas pessoas. Você pode ver um diplomata
cheio de classe mandando um vizinho rival chupar alguma coisa num momento de
virada, ou um playboyzinho fresco
mandando alguém fazer colonoscopia quando tão zuando o time dela (que neste
caso, por definição é o Fluminense. Como se ele achasse esse xingamento
ofensivo,néééam). Você só não pode ouvir alguma manifestação de algum torcedor do
Botafogo, a não ser que você seja um explorador e esteja acostumado a encontrar
objetos super raros. Aliás esses dias eu vi uma menina com um relógio do Botafogo
e fiquei pensando...não tem como fazer um item tipo edição especial de
colecionador do Botafogo, né? A não ser que a tiragem seja tipo 5 unidades,
rsrsrs. Ok, vamos deixar o bairro simpático pra trás (ou esperar que eles mesmo
façam isso por conta própria). Logicamente não vou comentar as zuações ditas
sobre o Vasco, por que além de não procederem, o texto é meu e eu quero que
seja tendencioso, e daí? :P
Depois de
“superar” a sensação amarga do rebaixamento do Vasco em 2008, e quase deslizar
e não subir de volta à série A no ano seguinte, a gente tá meio escaldado, essa
que é a verdade. Vamos combinar que a história do time até 2000 é FODA, e eu me orgulho muito disso.
Não que agora não seja orgulho, torcedor apaixonado apoia seu time em todas as
horas, mas a gente tá precisando recriar as bases sólidas que tínhamos antigamente.
Das bases sólidas hoje só temos Juninho Pernambucano, nosso Reizinho, e o
maestro Felipe. É de se esperar que em
pouco tempo os dois já estejam na hora de pendurar as chuteiras, e até o
momento não se vê investimento por parte do clube em tapar esses rombos. Muito
pelo contrário, hoje a torcida sabe que a perda de 4 grandes jogadores , Diego
Souza, Allan, Fagner e Rômulo, é a principal causa do desequilíbrio e falta de
entrosamento do time em campo. O time passou por todos os momentos de expectativa
de 2011 junto, já estava com o desejo de conquistar os títulos este ano, e
sofreu esses desfalques. Não sou contra venda ou empréstimo de jogadores, mas
acho que pra sair tem que entrar, e me parece que não pensaram muito bem nisso
antes. Ou seja, Dinamite tá Euricuzando a bagaça toda.
Sei que eu
posso dizer que era muito mais feliz quando eu não entendia muito e não
acompanhava futebol. Mentira, rsrs. Mas parece papo de maluco, papo de
desocupado, dizer que futebol te faz viver várias emoções, já chorei de
alegria, chorei sozinha de tristeza (nesse segundo turno eu já desisti de
chorar,rs), já ri muito do Flamengo se fu*&#do ou do Loco Abreu errando
pênalti (quando deixavam ele entrar em campo), das piadas prontas sobre o
Florminense que agora é CBFlu com o reforço da arbitragem, enfim. Sei que não
canso de querer meu Vasco de volta, assim como eu sei que os torcedores do
Flamengo querem o time deles de volta e que a Patrícia vá pra puta que lhe
pariu. Quero que a Unimed pare de pagar os árbitros e pague os médicos do meu
plano decentemente. Quero que o Botafogo continue sendo um bairro não tão
simpático, assim a gente garante ao menos essa piada já que agora a merda do
Corinthians tem uma Libertadores (RIP piada pronta do Corinthians, luto
eterno). Quero continuar torcendo pelo meu Gigante da Colina, mesmo que minha
paciência esse ano tenha acabado, o amor pelo Vasco não morre, jamais.