Na minha humilde opinião de
noveleira, João Emanuel Carneiro
(carinhosamente o JEC) se superou desde A Favorita, que foi seu último super
aclamado sucesso do horário nobre. Em tese a trama de A Favorita foi mais cheia
de mistérios e surpresas, mas então, o que teve de tão especial em Avenida
Brasil?
Pra começar acho que o principal
é: ser o retrato da classe que compunha a maior parte do público de novelas.
Quem não mora num subúrbiozinho da vida e não se identificou né? Ou quem não
mora e não sentiu uma pontinha de vontade de morar? Um bairro onde as mulheres
são rycas, onde todo mundo já se pegou ou vai se pegar e ainda assim todo mundo
mantém o respeito, acho que é por isso que o nome é Divino (prioridades, né glr).
Um lugar onde todos os casamentos e separações são feitas em público sem cobrar
ingresso, acho a cara da chiqueza isso. Fora aquela família onde todo mundo come
junto grita junto sofre junto é sequestrado junto é enganado junto pega Suellen
junto AFF chega.
A história já começa tensa com
uma garotinha mega fooofa (que aliás também deu um show) perdendo o pai e sendo
abandonada num lixão. Carminha foi odiada e amada o tempo todo, desde o início
da novela, tanto pela personagem quanto pelo show de Adriana esteves. Foram altos
e baixos, que fizeram a gente se confundir em saber quem era a mocinha e quem
era a vilã. E aí a novela pode sim se dar ao luxo de terminar com um final dito
previsível tendo como destaque a “chupetinha” do Adauto <333 .="." o:p="o:p">333>
Avenida Brasil foi enfim, um
marco na teledramaturgiazzzz bla bla bla, mas e agora José? Como fazer esse
povo da internê se mobilizar de novo ou se acostumar que não vai mais ter flashmob
#OiOiOi no começo da novela? Ah mas é simples: novela da Glória Perez, vai pelo
menos mobilizar o povo pra criticar.
Salve Jorge tem um puta desafio
pela frente e resolve arriscar uma protagonista não muito aclamada pelo
público. Acho que isso pode dar super certo ou ser um tiro no pé. Eu
sinceramente prefiro a Nanda Costa do que por exemplo a Debora Secco falando
com asma o tempo todo, ou a Juliana Paes de novo com o Raj. Aí ela pega e me
coloca de novo esses elementos básicos de Glorinha, como mães de idade absurdas
pras suas filhas, tipo a Giovana Antonelli sendo mãe da Mariana Rios, ou a Dira
Paes sendo mãe da Nada Consta. Depois vem aquele lance de forçar um
teletransporte pra países da conchinchina com uma cultura muito rica e LÓGICO, os traços dessa cultura muito rica.
Especialmente: dancinhas e expressões que seriam as mais usadas (pela Glória
Perez né, pq vamo combiná, eu sei que indianos não falam are baba o tempo todo).
Isso é sempre um desafio à nossa paciência.
Fora QUE: Avenida Brasil teve um
facilitador, que foi suceder à Fina Estampa. Se euzinha escrevesse uma novela e
contratasse um grupo de teatro de colégio interno pra atuar, com a direção de
uma cacatua, conseguiria ser melhor que Fina estampa. Então assim, eu acho que
a gente tem que dar um desconto, nada de ficar mandando #OiOiOi pra Glorinha,
até que ela peça por isso (tipo o nosso amigo Aguinaldão pediu, né). Até por
que, no final das contas a contribuição dela pros nossos comentários de Avenida
foi grande, com o elenco de O Clone, que se não tivesse sido uma novela
marcante, como Caminho das índias foi, ninguém se lembraria de um nome
horroroso como Albieri (Deus, me ajude a não lembrar de Deuzuíte daqui a 5
anos).
Pra encerrar de vez o OiOiOi e
dar chance à Salve Jorge, recomendo super a leitura da escala de ódio que a
linda da Bic Muller fez no Morri:
CERTEZA que vai ajudar,
uhauahuaha. Bejo grande.
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